ANÁLISE DAS CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE TITULARES DE DIREITO DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA RESIDENTES NO MUNICÍPIO DE COLOMBO-PR
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Aluno de Iniciação Científica: Nayana Cavassim do Nascimento (Pesquisa voluntária)
Curso: Nutrição (MT)
Orientador: Suely Teresinha Schmidt
Co-Orientador: Flavia Monteiro
Colaborador: Gislaine Cutchma
Departamento: Nutrição
Setor: Setor de Ciências da Saúde
Área de Conhecimento: 40500004
RESUMO
Com o intuito de reduzir a fome e a pobreza foi criado o Programa Bolsa Família (PBF), que beneficia famílias em situação de pobreza e extrema pobreza em cumprimento a algumas condicionalidades. Essas famílias estão entre os grupos com alta prevalência de Insegurança Alimentar. O objetivo desse estudo foi apresentar a prevalência de insegurança alimentar (IA) entre famílias beneficiárias do PBF, residentes no município de Colombo-PR, e sua associação com condições econômicas, bem como descrever o estado nutricional (EN) dos titulares do PBF. Trata-se de um estudo de caráter transversal descritivo analítico de base populacional, realizado no período de julho de 2011 a julho de 2012, em áreas de abrangência das Unidades de Saúde (US) urbanas de Colombo. A amostra foi do tipo estratificada e cada US do município correspondeu a um estrato. Foram entrevistadas famílias de 19 estratos. Para seleção das famílias, realizou-se um processo de randomização dos titulares do PBF, por meio do software R. As entrevistas foram realizadas nos próprios domicílios e aplicado a EBIA composta por 15 perguntas. A avaliação do EN dos adultos de 20 a 60 anos foi feita pelo índice de massa corporal (IMC). Os resultados obtidos foram duplamente digitados no software Microsoft Excel (2010). Foram avaliadas 442 famílias, das quais 79,4% viviam em situação de IA, sendo que 9,5% encontrava-se em IA grave, ou seja, conviviam regularmente com a fome. Entre as que viviam em SAN 70,3% tinham renda superior a 0,24 salários mínimos, em contrapartida 71,4% das famílias em IA grave apresentaram renda igual ou inferior a 0,24 salários mínimos, sendo que quanto menor a renda da família maior a prevalência de IA grave (p= 0,000). Nas famílias cujo valor do PBF era superior a R$150,00 houve maior prevalência de IA em todos os graus (p= 0,017). Na famílias cujo titular do PBF contribuía com a renda familiar a prevalência de SA foi maior (51,1%) do que naquelas onde o titular não contribuía (48,9%), entretanto a associação não foi significativa (p= 0,278). Com relação ao EN foram avaliados 440 indivíduos e pode-se observar que 64,2% apresentava sobrepeso ou obesidade, sendo que em todos os níveis de IA e de SA sua prevalência foi superior a 50%. Assim, as condições econômicas das famílias beneficiárias do PBF parecem influenciar sobre a situação de (in)segurança alimentar e nutricional. A renda total da família teve associação inversa com a SA, ou seja, quanto menor a renda maior a prevalência de IA.
Palavras-chave: Segurança Alimentar e Nutricional, Programa Bolsa Família, Estado Nutricional