COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DE REFEIÇÕES SERVIDAS EM CRECHES PARTICULARES

0690

Aluno de Iniciação Científica: Débora Letícia Frizzi Silva (PIBIC/UFPR-TN)

Curso: Nutrição (MT)

Orientador: Márcia Aurelina de Oliveira Alves

Colaborador: Juliane Milena Rocha, Lua Maria Crespo Anastácio,

Departamento: NutriçãoMilena Ciongoli Wosny

Setor: Setor de Ciências da Saúde

Área de Conhecimento: 40500004


RESUMO

Uma alimentação saudável constitui fator determinante para o crescimento e desenvolvimento infantil. As creches têm a responsabilidade de fornecer aos alunos uma alimentação equilibrada e adaptada às necessidades de cada idade, além de estimular práticas alimentares saudáveis. Objetivou-se neste estudo determinar a composição nutricional, através de análise química, das porções servidas no almoço às crianças de dois a cinco anos de idade matriculadas em creches particulares de Curitiba-PR e, avaliar se as quantidades e percentuais fornecidos atendem aos 20% das necessidades nutricionais recomendado pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE, 2009). O estudo foi realizado entre outubro/2012 a maio/2013, com a coleta de amostras do almoço em três creches A, B e C em dois dias não consecutivos, num total de 6 amostras coletadas. As análises de umidade, cinzas, lipídios, proteínas, fibra alimentar, ferro e cloreto de sódio foram realizadas segundo metodologia da Association of Official Analytical Chemists (AOAC, 2003). O teor de carboidratos foi determinado pela diferença e o valor energético foi calculado através dos fatores de conversão de Atwater. Os resultados demonstraram que a porção média servida às crianças nas creches particulares foi de 122,80 g (117,28 g a 128,80 g). Houve diferença significante na composição nutricional das refeições do almoço consumidas nos teores de lipídios, proteínas, sódio e valor energético. Além disso, observou-se grande variabilidade nos alimentos oferecidos, principalmente em relação ao tipo de alimento e a forma de preparação. A instituição B apresentou os maiores teores de lipídios e a C os maiores teores de sódio. Na creche A houve oferta insuficiente de lipídios e inadequação na oferta de proteínas. Em todas as creches as quantidades de sódio e energia foram maiores que os valores recomendados. Embora haja na instituição A e B Nutricionista responsável pela elaboração do cardápio, foram observadas inadequações semelhantes às encontradas na instituição C que não possui o profissional nutricionista responsável pela elaboração do cardápio. O estudo revelou que todas as creches não atenderam às recomendações nutricionais das faixas etárias estudadas, evidenciando a necessidade de ações corretivas para melhorar a qualidade nutricional das refeições servidas e uma melhor avaliação dos cardápios nas instituições particulares.

Palavras-chave: Creches, Planejamento Alimentar, Composição Nutricional