RESUMO

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis representam um problema de grande magnitude no Brasil e o grau de adesão do paciente a terapêutica é definitivo para o controle da patologia e de suas complicações. Tendo em vista as dificuldades na continuidade do tratamento, os protocolos clínicos surgem como facilitadores no processo de educação em saúde, pois auxiliam o paciente no desenvolvimento de uma meta, com o objetivo de melhoria na assistência, de forma a proporcionar um cuidado eficiente e de qualidade. Os objetivos foram descrever os protocolos de alta e acompanhar a sequência do tratamento no domicílio.Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo, realizado de dezembro de 2011 a fevereiro de 2013 em um Hospital de Ensino e na residência de 20 pacientes. Os critérios de inclusão foram: adultos com idade entre 18 e 60 anos, residentes em Curitiba e/ou Região Metropolitana, portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica e/ou Diabetes Mellitus, internados no Pronto Atendimento do referido Hospital por pelo menos dois dias. A coleta de dados aconteceu em duas etapas, a primeira foi uma entrevista semiestruturada e orientações com o auxilio dos protocolos clínicos durante a internação hospitalar, e a elaboração de metas de cuidado individualizadas; e a segunda etapa ocorreu na residência dos pacientes e/ou por contato telefônico, com intuito de acompanhar e estipular novas metas. O conteúdo das entrevistas foi analisado, o que resultou em três categorias. Dos 20 pacientes entrevistados, nove são do sexo feminino e 11 masculino, com idades entre 25 a 59 anos. A primeira categoria, "Conhecimento sobre a doença", evidenciou o saber do paciente sobre a sua patologia, antes e após as orientações fornecidas por meio dos protocolos clínicos. A segunda categoria, "Cuidados em relação à doença", demonstrou as ações de cuidado desenvolvidas antes e após a internação e a terceira categoria, "Barreiras para a adesão ao tratamento", se referiu aos obstáculos enfrentados na busca pela adesão ao tratamento. Após as orientações com a utilização dos protocolos, os pacientes demonstraram maior entendimento sobre sua patologia, assim como relataram mudanças comportamentais relacionadas à saúde, enfrentando as barreiras para a adesão ao tratamento. Percebeu-se que o uso dos protocolos clínicos auxiliou na educação em saúde, pois foi possível juntamente com os pacientes elaborar metas atingíveis, vez que após conhecerem e perceberem a importância da adesão, os próprios pacientes indicavam os hábitos de vida que deveriam ser mudados.

Palavras-chave: Enfermagem, Doença Crônica, Protocolos Clínicos