QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS FRÁGEIS USUÁRIOS DA REDE BÁSICA DE SAÚDE DA CIDADE DE CURITIBA-PR

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Aluno de Iniciação Científica: Jéssica Albino (PIBIC-AF/CNPq)

Curso: Enfermagem (MT)

Orientador: Maria Helena Lenardt

Colaborador: Nathalia Hammerschmidt Kolb Carneiro

Departamento: Enfermagem

Setor: Setor de Ciências da Saúde

Área de Conhecimento: 40400000


RESUMO

Trata-se de estudo quantitativo transversal, derivado de um projeto de pesquisa maior intitulado "Efeitos da Fragilidade e Qualidade de Vida Relacionada à Saúde de Idosos da Comunidade". A presente pesquisa teve por objetivo identificar a qualidade de vida de idosos frágeis usuários da rede básica de saúde da cidade de Curitiba-PR. Foram convidados a participar da pesquisa indivíduos com idade ? a 60 anos, usuários de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) que aguardavam consulta no período de setembro de 2012 a março de 2013. A coleta de dados ocorreu na UBS, a partir da aplicação de questionários (sociodemográfico-clínico, Nível de Atividade Física para Idosos e Medical Outcomes Study (MOS) Short Form 36), testes (Mini Exame do Estado Mental, velocidade da marcha e força de preensão manual) e antropometria. O cálculo do tamanho da amostra foi determinado com base na estimativa da proporção populacional, totalizando 203 idosos. Para análise dos dados foi utilizado o software EpiInfo 6.04. Os resultados apontaram que dos 203 idosos, 39 são frágeis. Nesses, a maior frequência foi para: gênero masculino (n=29; 74,4%), faixa etária dos 70 a 79 anos (n=17; 43,6%), viúvos (n=19; 48,7%), residentes com familiares (n=25; 64,1%) e ensino fundamental incompleto (n=24; 61,6%); problemas cardiovasculares, (n=33; 84,61%), osteomusculares (n=20; 51,28%) e metabólicos (n=14; 35,89%). A qualidade de vida na dimensão dor obteve média de 60,41 pontos; capacidade funcional 61,15; limitações por aspectos físicos 71,15; estado geral de saúde 71,44; vitalidade 75,00; saúde mental 76,41; aspectos emocionais 81,19; e na dimensão aspectos sociais 85,58 pontos. Infere-se que a menor média de qualidade de vida obtida foi na dimensão dor, seguida de capacidade funcional e aspectos físicos, ou seja, nas dimensões relacionadas à parte física do idoso. Entende-se que esse resultado pode ter relação com as doenças mais relatadas pelos participantes, como as doenças cardiovasculares, osteomusculares e metabólicas. Já as maiores médias foram relacionadas aos aspectos emocionais e sociais, as quais podem ter relação com a situação de moradia (residir com familiares), que age como medida protetora e estimuladora sobre os idosos. Os resultados dessa etapa de pesquisa mostram a necessidade de uma investigação detalhada para determinar a associação entre variáveis e qualidade de vida dos idosos, e razão para a continuidade do presente estudo. Os resultados deverão auxiliar no estabelecimento de ações e cuidados gerontológicos, que incidem na fragilidade e qualidade de vida destes idosos.

Palavras-chave: Idoso Fragilizado, Qualidade de Vida, Enfermagem Geriátrica