RESUMO

As plantas medicinais são utilizadas em grande escala devido ao conhecimento popular de seus benefícios. Esse tratamento alternativo está ganhando espaço entre a população da Ilha do Mel, que busca formas alternativas para amenizar sintomas e tratar doenças. Os habitantes utilizam folhas para o preparo de chás obetendo assim os benefícios de cada planta. A pitanga (Eugenia uniflora L.) é utilizada por possuir atividades anti-hipertensivas, diuréticas, adstringentes, antipiréticas, além do seu emprego em desordens digestivas. A espinheira-santa (Maytenus ilicifolia) atua no tratamento de úlceras duodenais e estomacais, além de possuir atividade diurética e laxativa. A goiaba (Psidium guajava L.) é usada para tratar diarreia e cólicas, além de possuir atividade antiespasmódica. Tais plantas são conhecidas por apresentarem polifenóis, como a rutina e a antocianinas, responsáveis pela atividade antioxidante. Por esse motivo, o trabalho tem como objetivo realizar a pesquisa dos polifenóis e desenvolver o screening fitoquímico da pitanga, da goiaba e da espinheira-santa. O screening fitoquímico foi desenvolvido através de reações específicas de extratos das folhas e a detecção de polifenóis foi realizada em cromatoplaca de celulose, com revelador de NEU e luz UV 365nm. Nas folhas de espinheira-santa foram detectadas a presença de flavonoides, esteroides e/ou triterpenóides, heterosídeos saponínicos, taninos e aminogrupos. Tanto nas folhas de pitanga quanto nas folhas de goiaba foram detectados flavonoides, esteroides e taninos. Nas três plantas foram encontrados os polifenóis, entre eles a rutina e a antocianina. A rutina é benéfica pois melhora a insuficiência de vasos linfáticos e venosos além de ser anticarcinogênica e a antocianina previne doenças cardiovasculares, modula a inflamação e previne o câncer. As plantas são ótimas escolhas como tratamento alternativo, mas é de fundamental importância disciplinar a população quanto ao seu uso e manuseio, pois sua aplicação é baseada apenas no conhecimento popular.

Palavras-chave: Plantas Medicinais, Ilha do Mel, Polifenóis