RESUMO

A doença periodontal canina, composta por organismos normalmente aeróbios e gram positivos (Actinomyces sp. e Streptococcus sp.), é um problema que acomete cerca de 80% dos cães com mais de cinco anos, sendo a presença de bactérias um fator essencial para a continuidade do problema. Vários outros fatores como idade, obesidade, formato da cabeça, dieta e efeitos da mastigação interferem diretamente na origem da doença. A identificação clínica se dá através de sinais como halitose intensa, salivação espessa, sangramento oral, mobilidade dental, cálculo e gengivite, dando o suporte correto para o encaminhamento do paciente para o tratamento adequado. O tratamento normal para a doença periodontal é a remoção mecânica da placa com o paciente sob efeito de anestesia, porém, há outros métodos. A administração sistêmica ou local de agentes antimicrobianos constitui uma alternativa para complementar a terapia mecânica convencional, pois atua diretamente sobre a microbiota patogênica. O presente trabalho identificou e quantificou cepas de Staphylococcus sp. coagulase negativas retiradas de quatro cães e realizou o teste microbiológico com cinco tipos de substâncias antimicrobianas, avaliando a eficácia das mesmas e estabelecendo a droga mais eficaz para o desenvolvimento de uma forma farmacêutica gel. O procedimento para a avaliação consiste no preparo de uma suspensão de bactérias de cultivo recente, inoculação desta suspensão na superfície de uma placa de Agar Mueller-Hinton e adição dos discos de papel impregnados com antimicrobianos. Após a incubação em estufa, é analisado o padrão de crescimento ou inibição ao redor de cada disco, sendo então medido o tamanho de cada halo e o resultado avaliado em tabelas apropriadas segundo a espécie bacteriana em análise. Essa forma será utilizada diretamente sobre o dente do animal de forma exclusiva, ou seja, o desenvolvimento da formulação é exclusivo para cada caso estudado.

Palavras-chave: Microbiologia, Placa Bacteriana, Doença Periodontal Canina