EFEITOS DE ANTIOXIDANTES EM ERITRÓCITOS DE PACIENTES PORTADORES DE DOENÇAS HEMOLÍTICAS
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Aluno de Iniciação Científica: Patrícia Santos Carvalhinho Lopes (PIBIC/CNPq)
Curso: Farmácia (MT)
Orientador: Patricia Santos
Co-Orientador: Railson Henneberg
Departamento: Patologia Médica
Setor: Setor de Ciências da Saúde
Área de Conhecimento: 40300005
RESUMO
O estudo do processo oxidativo em sistemas biológicos é relevante para a compreensão de diversos mecanismos fisiopatológicos de doenças que o envolvem. Em doenças hemolíticas crônicas, ocorre a exacerbação da formação de espécies reativas de oxigênio (ERO), Para proteger o organismo do ataque destas ERO, existe uma série de sistemas de defesa antioxidante que podem atenuar ou inibir o dano oxidativo aos eritrócitos. Dentro deste contexto, técnicas laboratoriais podem trazer grandes benefícios, tanto pela quantificação das ERO, quanto pela avaliação do seu real papel nas doenças oxidativas. O presente estudo teve como objetivo estabelecer um protocolo para a pesquisa de ERO em eritrócitos humanos, padronizando-se concentrações, tempos de incubação e leitura. Foram coletadas amostras de sangue em EDTA K3 de 10 indivíduos saudáveis. As amostras foram centrifugadas a 3000rpm/10 min, retirando-se o plasma e a camada de leucócitos e, em seguida, os eritrócitos foram lavados e ressupensos em solução salina gelada (NaCl 0,85 g/dl), para volume globular de 10%. Estas suspensões de eritrócitos foram incubadas com a sonda extenso DCFH-DA 10 µmoles/l (5 µl) por 30 minutos a 37º C, na ausência de luz., e diluídas 1:10 em PBS 10 mmoles/l. O agente oxidante testado foi o terc-butil hidroperóxido (t-BHP), reconhecidamente um agente produtor de ERO, em microplacas, nas concentrações de 10, 1, 0,7, 0,5 e 0,3 µmoles/l, em incubações de 15 min a 37°C, com posterior leitura fluorimétrica em 488 e 528 nm (Fluorímetro Promega modelo GlomaxÒ Multi+). Em outro experimento, amostras foram incubadas com vitamina C 5, 25, 50, 75 e 100 µmoles/l por 30 minutos a 37ºC e, em seguida, com t-BHP 75 µmoles/L. Os resultados obtidos para as diferentes concentrações de t-BHP foram, respectivamente: médias±desvios padrão de 31203±11429; 8228±1742; 5142±2790; 4672±2726 e 3026±1843 uf/g.hb. Já para a análise após a adição de vitamina C obteve-se: médias±desvios padrão de 13081±1197; 9808±747; 8250±658,3; 3083±1538 e 825,9±624,4 uf/g.hb. Demonstrou-se que a técnica é sensível, observando-se que o tempo e concentração são condições que influenciam no resultado. A redução na produção das ERO pôde ser observada pela adição de um agente antioxidante conhecido, como a vitamina C. Pelo pequeno tamanho amostral, mais estudos são necessários para a compreensão da sua utilidade como ferramenta diagnóstica e de acompanhamento terapêutico em doenças que envolvem o estresse oxidativo.
Palavras-chave: ERO, Vitamina C, Anemia Hemolítica