DEPENDÊNCIA À NICOTINA E A SEVERIDADE DA DOENÇA PERIODONTAL
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Aluno de Iniciação Científica: Kaye Varaschin Theodorovicz (IC-Voluntária)
Curso: Odontologia (MT)
Orientador: Antonio Adilson Soares de Lima
Co-Orientador: Ângela Fernandes
Colaborador: Marília Compagnoni Martins, Deniton Cesar Tagliari
Departamento: Estomatologia
Setor: Setor de Ciências da Saúde
Área de Conhecimento: 40205002
RESUMO
O tabagismo representa um grave problema de saúde pública. Além dos efeitos nocivos conhecidos causados ao corpo, a cavidade bucal é diretamente afetada pelo vício de fumar. Vários estudos têm demonstrado que o tabaco é, por si, um fator de risco na etiologia da doença periodontal, com um efeito local e sistêmico. A associação negativa entre o tabagismo e a gengivite ulcerativa necrosante foi relatada pela primeira vez quatro décadas atrás. Pesquisas confirmam uma maior prevalência da perda de inserção, de recessão, da doença periodontal avançada e da resposta menos favorável ao tratamento não-cirúrgico ou cirúrgico periodontal de fumantes em comparação aos não-fumantes. Além disso, ainda parece difícil discernir entre o efeito causado pelo tabaco daquele provocado pela infecção bacteriana. A este respeito, o conhecimento recente sobre a formação da placa é controverso como a possibilidade de que o fumo pode interferir com a ocorrência natural do acúmulo de placa nas superfícies dentais. Estudos clínicos e epidemiológicos também demonstraram que a grande parte dos casos de condição periodontal refratária ocorre nos fumantes e que existe uma relação dose-dependente, na qual, quanto maior a quantidade de cigarros fumados por dia e da duração do vício de fumar, maior é o comprometimento do osso periodontal. No entanto, até a presente data, não há nenhum estudo correlacionando a dependência à nicotina com a doença periodontal. Sendo assim, este estudo clínico teve por objetivo correlacionar o grau de dependência a nicotina por meio do teste de Fangeström, com a severidade da doença periodontal. Oito pacientes da disciplina de Semiologia do Curso de Odontologia da Universidade Federal do Paraná foram submetidos a exame periodontal e ao teste de Fangerström. Dois pacientes apresentaram um nível muito baixo de dependência à nicotina (NDN), com Média de Profundidade de Sondagem (MPS) de 3,11 e, Média de Nível de Inserção Clínica (MNI) de 3,86. Em contrapartida dois pacientes apresentaram um NDN muito elevado, MPS de 3,25 e MNI 3,92. Baseados nestes resultados não foi possível concluir se há alguma a relação entre a doença periodontal e a dependência à nicotina devido ao pequeno número da amostra.
Palavras-chave: Nicotina, Teste de Fangeström, Doença Periodontal