RELAÇÃO ENTRE OCUPAÇÃO PROFISSIONAL E NÍVEL DE ALFABETISMO EM SAÚDE BUCAL DOS CUIDADORES DE CRIANÇAS ATENDIDAS NA CLÍNICA DE ODONTOPEDIATRIA DA UFPR
0623
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Aluno de Iniciação Científica: Denise Spinardi (IC-Voluntária)
Curso: Odontologia (MT)
Orientador: Fernanda de Morais Ferreira
Colaborador: Ana Carolina Fernandes Couto, Monica Carmem Junkes,
Departamento: EstomatologiaFabian Calixto Fraiz
Setor: Setor de Ciências da Saúde
Área de Conhecimento: 40204006
RESUMO
Estudos têm demonstrado que o nível de alfabetismo funcional em saúde bucal dos responsáveis pode influenciar a saúde bucal das crianças. Assim, torna-se importante conhecer esta característica e os fatores a ela relacionados para uma adequada abordagem destes indivíduos visando a promoção de saúde bucal de suas crianças. Este estudo teve por objetivo investigar a presença de associação entre ocupação profissional e nível de alfabetismo em saúde bucal dos cuidadores de crianças que faziam acompanhamento odontológico na clínica de Odontopediatria da UFPR de setembro a novembro de 2012. Para tanto, após a aprovação do projeto pelo CEP-CS (1247.172.11.10) e a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, 100 cuidadores responderam a um questionário denominado REALD-B. Este questionário tem por objetivo mensurar os níveis de alfabetização em saúde bucal de indivíduos adultos cuja língua natal é o português, através do reconhecimento de palavras lidas em voz alta pelos entrevistados ao entrevistador. Os participantes responderam também a uma pergunta sobre a sua ocupação principal. Posteriormente, as diferentes ocupações relatadas foram agrupadas em: "relacionadas à área da saúde" e "não relacionadas à área da saúde". Os dados foram analisados usando o programa estatístico SPSS Statistics® versão 20.0. As crianças que compareceram para tratamento na clínica de Odontopediatria da UFPR no período do estudo eram na sua maioria do sexo masculino (53%) e tinham média de idade igual a 7,7 anos (com um desvio padrão DP de 2,6). A maioria (86%) dos acompanhantes responsáveis pelas crianças era do sexo feminino (em 63% dos casos a mãe), relatou ser casado ou estar em união estável (74%) e possuía mais de 8 anos de estudo formal (61%). A idade média dos respondentes foi de 36 anos (DP = 12,9) e a renda média familiar foi de R$2.231,39 (DP = 1.579,67). Com relação à ocupação, 3% dos respondentes relataram estar desempregados, 10% eram aposentados, 28% trabalhavam exclusivamente no lar, 7% apresentavam ocupação relacionada à área da saúde e 52% outras ocupações. Os valores do REALD-B foram estatisticamente (Teste Mann Whitney, p = 0,032) mais altos entre os cuidadores que trabalhavam na área da saúde (média e mediana = 27, mínimo 24, máximo 30) do que entre os que tinham outras ocupações (média 23, mediana 24, mínimo 7, máximo 30). Nesta amostra, os cuidadores de crianças que possuíam ocupação relacionada à área da saúde apresentaram um nível mais alto de alfabetismo em saúde bucal do que aqueles com ocupação não relacionada à área da saúde.
Palavras-chave: Alfabetização em Saúde, Ocupação Profissional, Saúde Bucal