AVALIAÇÃO IMUNOISTOQUÍMICA DO BIOMARCADOR ANTI-APOPTÓTICO TRAP-1 EM AMOSTRAS DE MIOCÁRDIOS DE PREMATUROS HIPOXÊMICOS

0611

Aluno de Iniciação Científica: Patricia Kiyori Watanabe (PIBIC/CNPq)

Curso: Medicina (MT)

Orientador: Lucia de Noronha

Colaborador: Mona Adalgisa Simões, Francisco Cesar Pabis,

Departamento: Patologia MédicaAna Karyn Ehrenfried de Freitas

Setor: Setor de Ciências da Saúde

Área de Conhecimento: 40105008


RESUMO

A prematuridade é uma das principais causas de morbimortalidade perinatal, devido a imaturidade fisiológica dos órgãos e sistemas. Entre as consequências, destaca-se a hipóxia (inadequada oxigenação a nível celular), potencialmente prejudicial. Entretanto, no coração dos recém-natos e de crianças, observa-se notável habilidade de se recuperar de lesões sofridas por essa razão. Há evidências de crescimento regenerativo do miocárdio, baseadas nos avanços na compreensão da regulação do ciclo celular dos cardiomiócitos: seja o crescimento por hipertrofia e/ou hiperplasia, seja pela morte celular nessas lesões ocorrer por apoptose, e não por necrose, evitando seqüelas tardias. O objetivo deste estudo é evidenciar o papel do marcador anti-apoptótico TRAP-1 em amostras parafinadas de miocárdio humano submetido a condições hipoxêmicas, correlacionando com fatores prognósticos clinico-patológicos. Foram utilizados 315 laudos de necropsia retirados do Serviço de Anatomia Patológica do Hospital de Clínicas do Paraná, realizados entre 1991 a 2007. Todos os prontuários foram revisados para coleta de dados clínicos-patológicos. Classificados de acordo com o grau de hipóxia em: leve, moderada ou grave; em relação à idade gestacional, em RNT (recém-nascido de termo), RNPT (recém-nascido pré-termo). Selecionaram-se os blocos teciduais parafinados contendo as amostras de coração dos casos. A técnica foi tissue microarray (TMA) artesanal para confecção de lâminas histológicas multiamostrais e realização de imunoistoquímica. As lâminas foram submetidas ao bloqueio da peroxidase endógena seguido da incubação do anticorpo primário monoclonal TRAP-1 na diluição determinada em bula. O anticorpo secundário associado ao polímero dextrana foi, em seguida, incubado com o material por 30 minutos em temperatura ambiente. Para revelação, adicionou-se o complexo DAB e substrato. A leitura foi feita em microscópio Olympus BX40. Correlacionaram-se os dados da análise imunoistoquímica, clínica e anatomopatológica da lesão. Tem-se: 143 pacientes (45,4%) femininos e 171 (54,3%) masculinos; em 1 caso (0,3%), o sexo não pode ser identificado. Quanto a idade gestacional, 244 casos (77,5%) de prematuros e 71 (22,5%) de termo. Entre os prematuros, a hipóxia foi encontrada em 199 casos (81,6%) e a doença básica mais comum foi dano alveolar difuso (132 casos 66,3%) uma das principais consequências da prematuridade, podendo gerar quadro de hipóxia tardia no prematuro e comprovando a influência do grau de prematuridade na evolução final. Todos os casos do estudo foram positivos para o TRAP-1.

Palavras-chave: Hipóxia, Prematuros, Trap-1