PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS INFANTIS OCORRIDOS EM HOSPITAL ESCOLA DE REFERÊNCIA EM CAPITAL DA REGIÃO SUL, 2009.

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Aluno de Iniciação Científica: Maria Eduarda de Luca Alves (PIBIC/Fundação Araucária)

Curso: Enfermagem (MT)

Orientador: Márcia Helena de Souza Freire

Departamento: Enfermagem

Setor: Setor de Ciências da Saúde

Área de Conhecimento: 40103005


RESUMO

A Mortalidade Infantil (MI) é um indicador de saúde universal, por meio do qual se avalia a higidez dos agregados humanos, o acesso e a qualidade da assistência à saúde da mulher e das crianças. O objetivo geral desta pesquisa foi traçar um perfil epidemiológico dos óbitos infantis (OI) ocorridos e investigados no Hospital de Clínicas, da Universidade Federal do Paraná (HC/UFPR), Curitiba, 2009. Trabalharam-se dados secundários do Sistema de Informação de MI do HC (SIM/HC), e informações da Ficha Individual de Investigação do Óbito Infantil Hospitalar; analisando-se com Planilhas de Excel as variáveis de interesse. Resultados: quase a totalidade (98%) dos partos ocorreu no HC, dos quais 56% foram cesáreos e 78% das gestações únicas; em 86% dos partos sem morte materna. Dos 50 OI ocorridos e investigados: 54% foram óbitos neonatais precoces; 78% eram procedentes da 2ª RS; 50% do sexo masculino; 76% sofreram complicações pós parto; 54% apresentaram Apgar no 1º minuto entre 0 e 3; 30% com extremo baixo peso ao nascer; 80% dos neonatos precisaram da assistência em UTI Neonatal; 80% transferidos para UTI Neonatal; 38% dos OI por malformações fetais. Variáveis maternas: 50% tinham 25 anos ou mais; 46% com 4 a 7 anos de estudo; 76% com pré-natal, e 38% de 4 a 6 consultas; 74% foram consideradas gestantes de risco por devido intercorrência durante a gestação, 48% delas foram devido a malformação fetal; e 66% das gestantes de risco foram encaminhadas para serviços de referência; 32% não apresentaram complicações durante o parto; 56% tinham de 1 a 3 filhos vivos e 70% não tinham nenhum filho morto de gestações anteriores; 52% das gestantes os OI ocorreram com idade gestacional abaixo de 37 semanas (prematuros). Após análise: 34% dos OI foram considerados evitáveis; dos determinantes causais registrados a assistência hospitalar e ambulatorial foi a de maior expressão (64%); das medidas de prevenção, registradas em apenas 38% das Fichas, 23% voltadas para as hospitalares infantis. Os resultados subsidiam o Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar e o Comitê de Prevenção do Óbito Infantil no HC/UFPR para uma avaliação do perfil dos OI e da necessidade de aprimoramento da qualidade da investigação, dos registros e da assistência à gestante e ao neonato, além de permitir a comparabilidade com outras instituições hospitalares. Estudos como estes promovem maior atenção a este evento sentinela por parte de gestores e profissionais do serviço.

Palavras-chave: Enfermagem, Epidemiologia, Estatísticas Vitais