RESUMO

Introdução:O estudo dos fatores propiciadores de melhor cicatrização cutânea, diminuindo o tempo e melhorando a qualidade da cicatrização ocorrida. Ácidos graxos ômega-3 são úteis no tratamento de doenças cutâneas, como dermatite atópica, psoríase, entre outras devido às suas propriedades moduladoras da resposta imunológica com potencial anti-inflamatório. Vinte ratos machos (Rattus norvegicus albinus, Rodentia mammalia), linhagem Wistar, mantidos em gaiolas plásticas, com livre acesso à água e à ração padrão para a espécie e em condições ambientais controladas de luminosidade (ciclo claro/escuro de 12 horas), temperatura (18 + 2º) e de umidade relativa do ar (55 + 15%), foram submetidos à anestesia intramuscular com mistura de quetamina/xilazina, tricotomia da região dorsal, antissepsia com PVPI tópico, e confecção de dois tipos de ferida com retirada de pele – uma quadrangular de 2,0 x 2,0cm e outra circular, com uso de "punch" de biópsia de pele, com 2 cm de diâmetro, ambas com profundidade até o nível supra-fascial. As feridas foram deixadas abertas e secas, sem curativos, para desenvolveram cicatrização por segunda intenção. Durante 7 dias anteriores à operação e 7 dias após a operação, metade dos animais também recebeu, além da dieta padrão, suplementação com 1 a 1,5ml de óleo de peixe por gavagem, constituindo o grupo de estudo. Foi registrado diariamente, para todos os animais, o peso corporal, aspecto macroscópico das lesões e imagens fotográficas padronizadas das feridas para cálculo da taxa de contração. No 8º dia pós-operatório procedeu-se à eutanásia de ambos os grupos de animais por inalação de éter, retirada das feridas cutâneas com margem de 5 mm de pele e envio para análise histológica (análise qualitativa e quantitativa do colágeno através de coloração com Picrosirius) e imunohistoquímica ( com marcadores de miofibroblastos anticorpo anti-actina-1 – e de angiogênese anticorpo anti CD-34). Resultados: Não houve variação significativa de peso corporal entre os dois grupos ao longo do período de estudo. Não houve infecção secundária macroscopicamente grosseira nos dois tipos de feridas e nos dois grupos de animais. A taxa de contração da ferida foi superior na ferida circular em relação à ferida quadrangular dentro de ambos os grupos (comparação intragrupos), porém sem diferenças nas comparações intergrupos. Os parâmetros histológicos não possuem resultados definitivos por estarem na fase de leitura e/ou confecção de lâminas.

Palavras-chave: Cicatrização, Pele, Ácido Graxo