ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS MULHERES GRÁVIDAS ATENDIDAS NO AMBULATÓRIO DE MEDICINA FETAL DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
0606
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Aluno de Iniciação Científica: Harielle Cristina Ladeia Asega (Pesquisa voluntária)
Curso: Medicina (MT)
Orientador: Marcelo Marcondes Stegani
Colaborador: Charles Alfred Grander Predozo, Vitor Lopes Galvão Vieira
Departamento: Cirurgia
Setor: Setor de Ciências da Saúde
Área de Conhecimento: 40102076
RESUMO
Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico da população atendida no ambulatório de Medicina Fetal do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná enfocando nos aspectos relacionados à epidemiologia materna. Introdução: Nas últimas décadas as malformações congênitas ganharam posição especial entre as causas de óbito em menores de um ano de idade no Brasil. Sem dúvida, além do impacto fisiológico sobre o feto, o diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado da gestante com diagnóstico de malformação fetal tem grande relevância psicossocial sobre a mãe e logistica sobre o serviço. Materiais e Métodos: A metodologia utilizada é a análise retrospectiva de prontuários de gestantes com conceptos com diagnóstico de malformação fetal atendidas de forma multidisciplinar no ambulatório de Medicina Fetal do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná entre fevereiro de 2007 e maio de 2012. Resultados: Até o momento foram levantados os dados de 169 prontuários (35,73% do total de pacientes atendidas no período estudado). Quanto à procedência, 43,78% das gestantes não eram provenientes de Curitiba, sendo que 21 delas (28,37%) foram encaminhadas por malformações complexas. Foi possível determinar uma distribuição relativamente uniforme da prevalência de malformações que acometem principalmente os sistemas cardiovascular (15,38%), genitourinário (13,61%) e parede abdominal (12,42%). A prevalência de malformações do sistema nervoso central é a maior dentre as pesquisadas, representando 21,89% dos casos atendidos no pré-natal do Hospital de Clínicas, superioridade também encontrada no restante do estado. Exceto pelas malformações de parede abdominal, nas quais 52,38% são de mães com 20 anos ou menos, a idade materna de encaminhamento para o Hospital de Clínicas compreende majoritariamente a faixa etária de 20 a 25 anos (33,72% do total), com média total de 25,99 anos. Em relação à paridade, 36,09% das gestantes eram primigestas, sendo que 86,88% destas tiveram diagnóstico de malformação fetal cardiovascular, de parede abdominal, de sistema nervoso central ou múltiplas. Discussão e Conclusões: Segundo os dados do DATASUS, de 2007 a 2011, as malformações de sistema nervoso central compreendem 13,22% do total de nascidos vivos no período, já malformações do sistema circulatório e genitourinário representam respectivamente 5,59% e 6,95%. A pesquisa ainda segue em fase de coleta de dados, não havendo, até o momento, a possibilidade de realizar uma análise consistente dos dados impossibilitando sua discussão e a chegada a conclusões de caráter mais definitivo.
Palavras-chave: Malformações, Epidemiologia, Materna