ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS DADOS PERINATAIS DOS NEONATOS ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE MEDICINA FETAL DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UFPR

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Aluno de Iniciação Científica: Vítor Lopes Galvão Vieira (PIBIC/CNPq)

Curso: Medicina (MT)

Orientador: Marcelo Marcondes Stegani

Colaborador: Charles Alfred Grander Pedrozo, Harielle Cristina Ladeia Asega

Departamento: Cirurgia

Setor: Setor de Ciências da Saúde

Área de Conhecimento: 40101088


RESUMO

Introdução: Nas últimas décadas, as malformações congênitas ganharam posição especial entre as causas de óbito em menores de um ano de idade no Brasil. Entre 1980 e 2000, as malformações congênitas passaram da quinta para a segunda causa de óbito nessa faixa etária em todo o país. O Ambulatório de Medicina Fetal do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná é o responsável por acolher gestantes encaminhadas de diversas cidades do estado do Paraná e de fora dele. Objetivos: Traçar o perfil epidemiológico da população atendida nesse ambulatório, enfocando nos aspectos relacionados ao parto e ao nascimento. Esses dados permitirão um melhor entendimento da população atendida, possibilitando melhoria na política de encaminhamento para o próprio serviço, o que envolve a gestão pública de saúde nos níveis municipal, estadual e federal. Material e métodos: A metodologia utilizada é a análise retrospectiva de prontuários das gestantes com conceptos com diagnóstico de malformação fetal atendidas de forma multidisciplinar no ambulatório de Medicina Fetal do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná entre abril de 2007 e abril de 2012. Resultados: Até o momento foram levantados os dados de 169 prontuários (35,73% do total de pacientes atendidas no período estudado). Observou-se que o sexo masculino foi o mais afetado (60% do total da amostra). O peso e a idade gestacional médios ao nascimento foram 2826 gramas e 36,8 semanas, respectivamente. Quanto ao índice de Apgar, 55,8% dos recém-natos apresentaram valor igual ou inferior a 7 no primeiro minuto e 26% continuaram nessa faixa na reavaliação do quinto minuto. A cesária foi a via de parto utilizada em 75% dos casos. Discussão e Conclusões: Comparando-se os dados obtidos com os fornecidos pelo Ministério da Saúde através do DataSUS, verificou-se que mais de um terço dos neonatos nasceram prematuros, enquanto que no Brasil, essa taxa não chega a 10%. Enquanto tanto no Paraná quanto no Brasil, em torno de 7% dos neonatos apresentam baixo peso ao nascimento, nossa amostra apresentou 25%. Tanto o índice de Apgar no primeiro quanto no quinto minutos foram inferiores aos da população geral. A proporção de cesárias em relação aos partos normais dobrou quando comparada aos dados do Paraná, passando de 1,5 para 3 cesárias para cada parto normal. O trabalho ainda encontra-se em fase de coleta de dados, e os resultados apresentados até agora são parciais. Uma amostra maior com análise mais completa serão apresentadas ao final do estudo.

Palavras-chave: Epidemiologia, Perinatal, Malformação