EDUCAÇÃO EM DIABETES MELLITUS TIPO 1 EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES, A PARTIR DE AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
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Aluno de Iniciação Científica: Larissa Daniella Andretta Socachewsky (PIBIC/CNPq)
Curso: Medicina (MT)
Orientador: Suzana Nesi França
Colaborador: Renata Pereira Mueller
Departamento: Pediatria
Setor: Setor de Ciências da Saúde
Área de Conhecimento: 40101088
RESUMO
O Diabetes Mellitus (DM) tipo 1 é a forma mais comum de DM na infância, correspondendo à segunda doença crônica mais comum na infância, com incidência de 7/100.000 crianças/ano no Brasil. O aparecimento tem caráter bimodal (pré-escolar e adolescente), a causa é multifatorial, e 85 a 90% dos pacientes possuem marcadores autoimunes ao diagnóstico. O atendimento dos pacientes deve envolver uma equipe multiprofissional e demanda dedicação de toda a família. OBJETIVO: Analisar o perfil epidemiológico dos pacientes com DM1 atendidos na Unidade de Endocrinologia Pediátrica (UEP) do Hospital de Clínicas da UFPR entre julho de 2012 e julho de 2013, visando o desenvolvimento de um programa de educação em diabetes que possa melhorar a formação das equipes envolvidas na detecção precoce da doença, prevenção de complicações agudas e atendimento nas intercorrências. PACIENTES E MÉTODOS: Estudo retrospectivo, observacional, descritivo de 217 pacientes atendidos no período de 1 ano, amostrados por conveniência. Foram analisados sexo, tipo de DM, idade ao diagnóstico e à primeira consulta na UEP, diagnósticos associados, dosagem de anticorpos anti-GAD, anti-insulina e anti-ilhotas. Concomitantemente iniciou-se um programa de educação para pacientes, familiares e profissionais de saúde, por meio de palestras, cursos e elaboração de material didático. RESULTADOS: A média de idade ao diagnóstico foi de 7 anos,e à primeira consulta 7,32 anos. Havia 122 (56,2%) meninas e 95 (43,8%) meninos. O tipo de DM foi: DM1 (184), MODY (2), secundário à fibrose cística (2), secundário à síndrome de Wolfram (1) e DM2 (1). A dosagem de anti-ICA, feita em 67 (30%) pacientes, apresentou-se positiva em 27 (40%); o anti-insulina, dosado em 58 (26%) pacientes, foi positivo em 10 (17%); e o anti-GAD, dosado em 73 (33%), teve positividade em 37 (50%). Doença associada mais prevalente: Tireoidite de Hashimoto (12 casos), seguida por Asma (9) e outras formas de Hipotireoidismo (5). CONCLUSÕES: Em 2012 iniciou-se um programa de educação contínua para pacientes e familiares que frequentam o serviço. Foi realizado um curso em outubro de 2012 para pacientes, familiares e profissionais de saúde e está sendo programado o II Encontro de diabetes, para os dias 30 e 31 de agosto de 2013 envolvendo profissionais de saúde do Estado do Paraná. Foi elaborado um diário de glicemia informando sobre resultados de glicemia, doses de insulina e conhecimentos importantes sobre o dia a dia dos pacientes, e estão sendo desenvolvidos cartazes e folders para serem distribuídos em escolas e unidades básicas de saúde.
Palavras-chave: Diabetes, Crianças, Adolescentes