BRONQUIOLITE OBLITERANTE PÓS-INFECCIOSA: PERFIS ESPIROMÉTRICOS E TOMOGRÁFICOS SEGUNDO O NÚMERO DE INTERNAMENTOS HOSPITALARES NO PRIMEIRO ANO
0592
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Aluno de Iniciação Científica: Juliane Nery (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Medicina (MT)
Orientador: Carlos Antônio Riedi
Departamento: Pediatria
Setor: Setor de Ciências da Saúde
Área de Conhecimento: 40101088
RESUMO
Introdução: A bronquiolite obliterante pós-infecciosa é caracterizada por obstrução crônica de pequenas vias aeríferas secundária a uma infecção grave do trato respiratório inferior. O trabalho objetiva analisar a relação entre o número de internamentos no primeiro ano de evolução da doença e as alterações existentes nos exames de tomografia computadorizada de tórax e espirometria. Materiais e Métodos: Foram coletados dados de 56 pacientes, dos quais 20 preencheram os critérios de inclusão e foram analisados. Eles foram divididos em: grupo A (pacientes que internaram até 2 vezes neste período) e grupo B (pacientes que necessitaram de 3 internamentos ou mais). Em relação à espirometria, foram calculadas as medianas da capacidade vital, volume expiratório forçado no primeiro segundo, índice de Tiffenau e fluxo expiratório forçado entre 25 e 75% da capacidade vital para cada grupo. Na tomografia de tórax, foram analisadas a presença ou ausência de hiperinsuflação, perfusão em mosaico, bronquiectasia e atelectasia nos laudos, sendo cada variável pontuada de forma arbitrária com 1 ponto quando presente e zero quando ausente. Assim, foi construído um escore tomográfico de cada paciente e a seguir calculadas a médias dos escores em cada grupo. Resultados: As medianas de valores observadas na espirometria foram maiores para os pacientes do grupo A em relação ao grupo B, especialmente considerando o índice de Tiffenau, com uma diferença de 27%. Quanto às alterações tomográficas, a média de escores foi igual em ambos os grupos. Entretanto, bronquiectasias e atelectasias foram os padrões mais comumente vistos no grupo A, enquanto no grupo B bronquiectasias e perfusão em mosaico eram mais marcantes. Discussão: Os grupos A e B diferem em relação à maior ou menor dificuldade no controle ambulatorial no primeiro ano de evolução da doença, e esta diferença também foi observada nos valores espirométricos e tomográficos destes pacientes. Conclusão: Pacientes com bronquiolite obliterante pós-infecciosa que têm doença mais grave de acordo com o número de internações apresentam piores valores de espirometria e achados tomográficos com atenuação em mosaico.
Palavras-chave: Bronquiolite Obliterante, Doenças Respiratórias, Testes de Função Respiratória