FALÊNCIA OVARIANA PRECOCE: PERFIL DAS PACIENTES DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (CURITIBA, BRASIL)

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Aluno de Iniciação Científica: Guilherme José Farias (PIBIC/Fundação Araucária)

Curso: Medicina (MT)

Orientador: Almir Antônio Urbanetz

Colaborador: Mariana Nunes Viza Araújo

Departamento: Tocoginecologia

Setor: Setor de Ciências da Saúde

Área de Conhecimento: 40100006


RESUMO

A falência ovariana precoce(FOP) por definição abaixo dos 40 anos de idade é uma condição médica caracterizada por amenorréia, hipoestrogenismo e elevados níveis séricos de gonadotrofinas e, em alguns casos, infertilidade. A incidência é de 1 – 2% na população geral abaixo dos 40 anos e com a melhora da sobrevida aos tratamentos para malignidades, em especial quimioterapia e radioterapia, a tendência é um aumento no número de casos de FOP. O diagnóstico pode ser feito pelo tempo de amenorréia de 3 a 6 meses ou pela dosagem de FSH com confirmação pelo estradiol. O objetivo desse trabalho é a análise dos aspectos clínicos e laboratoriais de pacientes diagnosticadas com falência ovariana precoce. Metodologia: Estudo retrospectivo observacional analítico de prontuários dos últimos 10 anos. Paciente atendidas no Ambulatório de Climatério do Hospital de Clínicas da UFPR. Resultados:41,38% das pacientes tinham 36 a 39 anos. Em 46,55% dos casos a queixa principal foi distúrbio menstrual e em 27,58% a queixa era fogacho. Em relação à paridade, 39,65% engravidaram3 vezes ou mais. A maioria dos casos, 58,62%, tinham causa secundária definida. Entre elas: doenças auto-imunes, neoplasias variadas, anemias graves e doenças infecciosas. 70,69% das pacientes receberam terapia de reposição hormonal para alívio dos sintomas. Conclusões: Quase a metade das pacientes tinham entre 36 e 39 anos, queixa principal foi distúrbio menstrual, a maioria dos casos tinham uma causa secundária. É válido cada serviço conhecer o perfil de seus pacientes,pois pode variar muito em relação à literatura. No HC-UFPR, por ser um hospital terciário, é frequente se deparar com uma paciente jovem tendo que lidar com uma doença de base grave e com os danos decorrentes da falência ovariana tanto físicos quanto emocionais. Conhecer o perfil do paciente individualiza e otimiza o tratamento, fazendo com que a resposta clínica seja mais efetiva e as condutas clínicas mais embasadas.

Palavras-chave: Falência Ovariana Precoce, Climatério, Amenorreia