A IMPORTÂNCIA DO EXAME COLPOSCÓPICO NO ESTUDO DAS LESÕES INTRAEPITELIAIS CERVICAIS AVALIAÇÃO DAS ATIPIAS ESCAMOSAS.
0577
evinci/resumo_0577.html
Aluno de Iniciação Científica: Andressa da Silva Longo (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Medicina (MT)
Orientador: Rita Maira Zanine
Colaborador: Marcelo Montenegro Silva, Tahnee Aiçar de Suss
Departamento: Tocoginecologia
Setor: Setor de Ciências da Saúde
Área de Conhecimento: 40100006
RESUMO
O Sistema Bethesda, fonte da nomenclatura utilizada nos laudos citopatológicos, foi revisado em 2001 enfatizando a importância de se determinar o risco das atipias escamosas. As atipias escamosas ficaram divididas em duas subcategorias: células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASC-US) e células escamosas atípicas, onde não é possível excluir uma lesão intraepitelial de alto grau (ASC-H). Diante dos diversos estudos, são bastante diversificadas as opiniões em relação ao seguimento das pacientes com diagnóstico de ASCUS. As discussões baseiam-se nos procedimentos mais adequados a serem utilizados com o objetivo de impedir que uma lesão cervical evolua para estágios mais avançados, os quais resultam em tratamentos mais desconfortáveis à paciente. Lima et al. (2002), concluíram que é muito importante o papel exercido pela citologia e pela colposcopia integradas, um método complementando as limitações do outro, não negligenciando, quando necessário, a realização de biópsia. Acreditam que a colposcopia permanece como o meio mais efetivo na seleção de pacientes de alto risco para lesões intraepiteliais. CYTRYN et al. nos mostra que a prevalência de NIC 2 ou 3 entre os casos citológicos de ASC-H pode chegar a 19,29%, destacando ainda mais a importância da colposcopia na identificação de lesões com potencial oncogênico. Este estudo, em caráter descritivo, retrospectivo e prospectivo observacional não-controlado, abrangeu 332 pacientes, com idade entre 15 e 70 anos, portadoras de alterações citológicas, provenientes do Ambulatório de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia do Hospital de Clínicas-UFPR, no período de 2008 a junho de 2013. Foi aplicada a nova terminologia colposcópica do colo uterino, aprovada pelo I.F.C.P.C. ( International Federation for Cervical Pathology and Colposcopy) no Rio de Janeiro em 2011. EAB tênue foi a descrição mais freqüente nos casos em que a citologia indicava ASCUS (30%). Já entre os casos citológicos de ASC-H, EAB com relevo/espesso e orifícios glandulares cornificados tiveram igual representatividade (19% cada), prevalecendo sobre os demais achados. Uma taxa de 78,4% de casos foi encontrada em que a colposcopia classificou as lesões como presuntivas de alto grau para as pacientes descritas como ASC-H na citologia. A pesquisa ainda está em andamento e pretende avaliar a correspondência das atipias escamosas com os achados da colposcopia assim como com os de histologia. Além disso, avaliar a associação das atipias colposcópicas maiores com os resultados da histologia.
Palavras-chave: Colposcopia, Lesão Intraepitelial Escamosa, Citologia