TRATAMENTO ELETROQUÍMICO EM SUPERFÍCIES DO AÇO ORTOPÉDICO ISO 5832-9 PARA RECUPERAR A INTEGRAÇÃO OSSO/IMPLANTE IN VIVO
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Aluno de Iniciação Científica: Letícia Akiko Taminato (Outro)
Curso: Química (MT)
Orientador: Cláudia Eliana Bruno Marino
Co-Orientador: Anna R. S. Gomes
Colaborador: Tatiana C. da Costa
Departamento: Mecânica
Setor: Setor de Tecnologia
Área de Conhecimento: 31302017
RESUMO
As fraturas ósseas, principalmente do fêmur, representam um problema na saúde pública devido à morbimortalidade e gastos frequentemente gerados por mecanismos de traumas sofridos pelo paciente. Estes fatos fazem com que muitos estudos sejam direcionados às propriedades de implantes cada vez mais compatíveis com o corpo humano, tornando-os mais funcionais a fim de obter um melhor grau de osseointegração. Um dos metais mais utilizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) é o aço inoxidável 316L que é aceito em aplicações médicas por apresentar boas propriedades mecânicas, biocompatibilidade e resistência à corrosão. Mas, para melhorar a eficiência da osseointegração, muitos tratamentos superficiais são realizados sobre os biomateriais metálicos como o recobrimento por métodos eletroquímicos e biomiméticos. O processo de osseointegração pode ser avaliado por testes in vivo, normalmente realizados em ratos, que permitem a avaliação de eventos biológicos imprevisíveis in vitro. Desta forma, este trabalho tem como objetivo principal a obtenção de óxidos potenciodinâmicos crescidos até 1,0 V sobre o aço inoxidável ISO 5832-9, a fim de estudar a interface osso/implante em teste in vivo. O crescimento destes óxidos foi realizado em Ei= -1,0 V e Ef= 1,0 V em solução de PBS (phosphate buffered saline), na velocidade de varredura de 10 mV/s a temperatura ambiente. Realizaram-se análises por voltametria cíclica e potencial de circuito aberto para a caracterização eletroquímica do biomaterial e análise por microscopia eletrônica de varredura (MEV/EDS) para a caracterização da superfície do metal em estudo. A seguir, foram confeccionados mini-implantes com 1,2 mm de diâmetro. Após a aprovação no CEUA /UFPR, 30 ratos da linhagem Wistar foram divididos aleatoriamente em 3 grupos: controle, com tratamento anódico e com tratamento anódico/hidroxiapatita. Estes animais foram submetidos à intervenção cirúrgica para a inserção dos implantes nas tíbias por defeito ósseo e após o período de 6 semanas foram ortotanasiados e por fim, foi feita a análise por MEV/EDS da interface osso/implante. Observou-se nos testes in vitro que o aço inoxidável ISO 5832-9 é estável e protetor, mas por análise morfológica, se constatou em todos os grupos uma baixa eficiência no processo de osseointegração. Em síntese, o aço inoxidável ISO 5832-9 apesar de ser um biomaterial comercial e ainda muito utilizado pelo SUS, este não apresenta uma blindagem óssea efetiva, o que pode gerar complicações na recuperação pós-cirurgica e até a necessidade de substituição por outro implante.
Palavras-chave: Aço Inoxidável 316l, Tratamento Eletroquímico, Bioatividade in vitro e in vivo