RESUMO

Na antiguidade, Hipócrates foi o primeiro a observar que as variações de temperatura no corpo humano representavam sintomas de enfermidades. No caso de um tumor próximo da superfície corporal ocorrem mudanças termovasculares na região afetada, alterando a sua temperatura local. No entanto, até recentemente, nenhuma metodologia havia sido desenvolvida para analisar esses parâmetros. Esse cenário mudou com o surgimento da termografia, que é uma analise das variações de temperatura da superfície corporal, de um indivíduo considerado doente, em comparação com um individuo considerado saudável. A termografia vem ganhando espaço e confiabilidade no diagnóstico complementar e na diferenciação de certas doenças na prática da medicina. Dessa forma é introduzida nessa pesquisa uma metodologia para analisar um possível tumor nas mamas precocemente, pela análise termográfica, de uma pessoa normal em comparação a uma pessoa com tumor de mama, previamente confirmado por uma biópsia. No entanto, a temperatura da superfície corporal depende de vários fatores, como o metabolismo do indivíduo, a temperatura do ambiente e a incerteza no momento da medição. Para eliminar esses fatores, apresenta-se o método dos gradientes conjugados, i.e., uma modelagem matemática, que elimina os fatores externos e internos que alteram os valores de temperatura, considerando uma temperatura adimensional, uma análise de incertezas, e os erros intrínsecos do equipamento. Utilizando uma câmera de alta resolução termográfica são medidas as temperaturas, a uma determinada distância, após a estabilização do paciente na sala. Por não ser um método invasivo, ser rápido e indolor, esse estudo apresenta-se com grandes expectativas de obtenção de bons resultados para o uso rotineiro na prática médica.

Palavras-chave: Tumor, Termografia, Metodologia