APLICAÇÃO DO MODELO MOGEST NA SIMULAÇÃO DE QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO ALTO IGUAÇU

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Aluno de Iniciação Científica: Jéssica Lima Menezes (PIBIC/CNPq)

Curso: Engenharia Ambiental (MT)

Orientador: Cristovão Vicente Scapulatempo Fernandes

Co-Orientador: Heloise Garcia Knapik

Colaborador: Dr. Andre Schardong, Prof. Dr. Joaquin Ignácio G. Bonnecarrère,

Departamento: Engenharia Ambiental

Setor: Setor de TecnologiaDra. Ana Paula Zubiaurre Brites

Área de Conhecimento: 30701007


RESUMO

A Bacia do Alto Iguaçu possui 26 afluentes, englobando a cidade de Curitiba e Região Metropolitana.Neste trabalho, foi utilizado como modelo de simulação de qualidade de água o Mogest. Net (Hidroinfo, 2010). O Mogest. Net vem sendo desenvolvido e testado quanto às suas funcionalidades na Bacia do Rio Iguaçu sendo capaz de simular analiticamente as concentrações de DBO, OD, nitrogênio e fósforo, tanto para o rio principal como afluentes, tendo como interface de entrada de dados a área da bacia a ser estudada. Pode também ser aplicado em gestão de recursos hídricos, agrupando ferramentas de análise de permanência de concentração associado ao custo de remoção quando da aplicação de medidas de despoluição hídrica, considerando os padrões de qualidade vigentes na legislação brasileira (Brites, 2010 e UFP/USP 2007). A execução do modelo computacional Mogest, foi baseada na entrada de dados referentes a gestão, cabeceira, carga (lançamentos e captações) e de vazão incremental. A partir dos dados de entrada foram simulados gráficos para OD e DBO. Essas variáveis são baseadas na cinética de reações de primeira ordem, na qual a concentração da substância analisada é proporcional a taxa de reação. Por se tratar de uma versão em teste, durante a digitação de dados ocorreram erros de execução do programa. Por exemplo, os valores da vazão incremental existentes na tabela base são individuais para cada tramo, porém no programa há uma generalização do valor, impedindo assim de ser especificado. Os gráficos gerados segundo o conjunto de equações de Streeter Phelps, pressupõem um escoamento permanente e uniforme e despreza outros tipos de consumo de OD, exceto a DBO. O resultado é um gráfico exponencial decrescente, por ser uma derivada parcial de primeira ordem. Os picos gerados graficamente são causados provavelmente devido a um lançamento de carga orgânica no meio hídrico. Nesta análise simplificada é explorado o potencial da ferramenta, que permite uma análise global e integrada de todas as sub-bacias da região em estudo, não sendo necessária fragmentação do problema, pois não existem limitações de número e/ ou tamanhos de trechos. Apesar de ainda estar em fase de testes, o Mogest apresenta vantagens quanto à sua aplicação, com potencial para ser uma ferramenta utilizada em gestão de recursos hídricos. Ainda, o modelo permite a simulação de diferentes cenários de vazão e, complementarmente, a construção de curvas de permanência de concentração vinculadas aos resultados de qualidade de água.

Palavras-chave: Bacia do Alto Iguaçu, Modelo Computacional de Recursos Hídricos, Mogest