ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DOS BIOCOMBUSTÍVEIS E SUA SUSTENTABILIDADE.
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Aluno de Iniciação Científica: Renato Ferreira Mattos Filho (IC-Jovens Talentos)
Curso: Engenharia Química (MT)
Orientador: Arion Zandoná Filho
Colaborador: Anderson Cardoso Sakuma, Luiz Pereira Ramos,
Departamento: Engenharia Química
Setor: Setor de Tecnologia
Área de Conhecimento: 30603200
RESUMO
O objetivo do estudo foi analisar a sustentabilidade da produção de biogás ou gás síntese a partir de efluentes da fabricação de etanol de primeira e segunda geração, através de revisões bibliográficas. Por definição, o etanol de primeira geração é aquele fabricado através da fermentação do caldo da cana de açúcar, já o de segunda geração é obtido pela fermentação da glucose obtida a partir da hidrólise da celulose contida no bagaço e na palha da cana. O material orgânico proveniente desse processo, quando mantido sob condições anaeróbias e ação de enzimas e bactérias, é convertido a um biogás, uma mistura de metano e dióxido de carbono com alto poder calorífco, como principal produto, e biofertilizante como subproduto. Uma segunda alternativa é a gaseificação, que consiste no aquecimento de uma determinada biomassa na ausência de oxigênio, o que gera uma mistura de gases que podem ser queimados para geração de energia, ou servirem como gás de síntese: matéria prima de outros combustíveis como gasolina, diesel e álcoois. A vinhaça obtida após a destilação do caldo da cana, e o licor, obtido após a destilação realizada na fabricação do etanol de segunda geração, são resíduos que podem ser submetidos à biodigestão anaeróbia, pois são ricos em matéria orgânica própria para a biodigestão. Isso evitaria custos e problemas gerados pela fertirrigação, como a salinização dos solos. Durante a fabricação do etanol de segunda geração obtém-se um material que não pode sofrer digestão anaeróbia, por ser rico em lignina. Entretanto ele pode ser gaseificado, e transformado em gás de síntese. Apesar da geração de energia elétrica a partir do material ser mais favorável energeticamente, o gás de síntese possui maior valor agregado. Ambos os processos se mostraram alternativas sustentáveis para a disposição final dos efluentes, reduzindo a emissão de gases causadores do efeito estufa e a contaminação de lençóis freáticos, rios e de lavouras. Além disso, como fontes de energia alternativas, os processos contribuem para a diversificação e aumento da sustentabilidade da matriz energética do país.
Palavras-chave: Álcool, Biogás, Gaseificação