RESUMO

A Araucária, árvore nativa e símbolo do Paraná, foi durante muito tempo desmatada e utilizada como matéria-prima para a produção de seus derivados clandestinamente, porém atualmente esse contexto vem mudando. O presente estudo visa dar uma alternativa sustentável e economicamente viável para a exploração da araucária, mais especificamente de sua semente, o pinhão. Tal órgão vegetal possui grande potencial nutricional, tendo quantidades apreciáveis de amido resistente e fibras para ser utilizado na alimentação. A extrusão, processo escolhido para preparação e produção de snacks de pinhão, que agrega cerca de 2000 % ao valor da aquisição da matéria-prima, possui grande aceitação na produção de alimentos industrializados, pois confere ao produto baixa umidade e alto grau de crocância. No início do processamento foi realizado o descasque e analisado o rendimento, dos quais obtemos as porcentagens de endosperma, casca, película (parte interna a casca), das sementes podres e das que possuíam germe, em relação às sementes boas, em seguida, os pinhões foram colocados na estufa para acompanhamento da secagem do material, então os mesmos foram triturados e armazenados em sacos de polietileno para posterior extrusão. As seguintes análises de caracterização do pinhão e da matéria-prima para extrusão foram realizadas conforme as metodologias AOAC: umidade, proteína, lipídios, fibras totais, cinzas e carboidratos. Uma preocupação inerente foi a de acompanhar a secagem para preparar o pinhão para matéria-prima para a extrusão, que deve se assemelhar ao gritz de milho e ter umidade próximo de 10% para melhor armazenamento. Durante as etapas de processamento foram utilizados equipamentos, para a conservação e manipulação dos pinhões, estes necessitaram ser armazenados durante algum tempo, então tiveram que ser embalados a vácuo, sem umidade para sua conservação, já para a manipulação foi utilizado trituradores, embalagens e a extrusora.

Palavras-chave: Pinhão, Extrusão, Snack