ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO DE DIFERENTES SAIS E DO TENSOATIVO NA FORMAÇÃO DE EMULSÕES INVERSAS O/A

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Aluno de Iniciação Científica: Vinícius Mühe Consentino (PIBIC/CNPq)

Curso: Engenharia Química (MT)

Orientador: Agnes de Paula Scheer

Colaborador: Luana Bossmuler, Bruno de Brito Bello

Departamento: Engenharia Química

Setor: Setor de Tecnologia

Área de Conhecimento: 30603161


RESUMO

As emulsões, dispersões coloidais de dois líquidos imiscíveis, são encontradas em quase todos os processos de produção e recuperação de petróleo: em reservatórios, cabeças de poço, nas linhas de transporte, processos de dessalga e em várias etapas do abastecimento. A presença e a natureza destas emulsões estão diretamente relacionadas à viabilidade técnica e econômica de cada processo. Na produção, especificamente, é comum a formação de emulsões do tipo água em óleo (A/O), ou seja, gotículas ricas em água encontram-se dispersas em uma fase rica em petróleo, estas são emulsões estáveis e altamente viscosas (tendo em vista que a fase contínua é a oleosa). A alta viscosidade e o custo do processamento justificam estudo do comportamento do óleo emulsionado com água salina e o uso de emulsões inversas (O/A). A quantidade de água que emulsifica com óleo cru na maioria dos sistemas de produção pode variar de menos de 1 a mais de 60 % v/v em alguns casos. Para verificar o efeito destas diferentes proporções foi estudado o comportamento da mistura água/ óleo contendo de 30%, 50% e 70%, v/v, de soluções de água destilada e NaCl com as concentrações de 50g/L e 100g/L, e da adição de compostos tensoativos (Span 80, Ultranex, Ultrol e Tween 40). Neste estudo fez-se uso de dois métodos para verificar o tipo de emulsão gerada em cada situação, o teste da gota e da avaliação da condutividade elétrica. A estabilidade das emulsões foi observada em tubos cônicos graduados, a 25 °C, em 1 e 4 horas após preparo. Nesta análise foram observados os volumes de fase separados. As curvas reológicas foram determinadas utilizando um viscosímetro Brookfield DVII+Pro e apresentaram bom ajuste para o modelo Herschel-Bulkley. Observou-se que a estabilidade diminuiu com o aumento da concentração de NaCl quando foi usado tensoativo. Em relação a reologia, observou-se que os índices de comportamento das emulsões de 50g/L de sal, em geral, são maiores que aqueles obtidos para as emulsões de 100g/L.

Palavras-chave: Emulsões, Petróleo, Estabilidade