INVERSÃO TRANSICIONAL EM EMULSÕES COM PETRÓLEO LEVE

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Aluno de Iniciação Científica: Marília Costa Petry (PIBIC/Fundação Araucária)

Curso: Engenharia Química (MT)

Orientador: Agnes de Paula Scheer

Departamento: Engenharia Química

Setor: Setor de Tecnologia

Área de Conhecimento: 30603161


RESUMO

Na produção de petróleo extraído do fundo do mar, são formadas emulsões do tipo água em óleo (A/O), decorrente do escoamento simultâneo do petróleo e da água de formação. Este tipo de formação proporciona um incremento na viscosidade, que pode ser reduzida pela inversão em emulsões de óleo em água (O/A), resultando em uma queda na perda de carga, reduzindo custos de produção. Portanto, o objetivo deste trabalho é avaliar a estabilidade de emulsões de petróleo, ou sua resistência à quebra (separação de fases), em água salgada em relação à quantidade de água e de óleo, temperatura, concentração de sais e presença de tensoativos na fase aquosa. Para isso, ao se preparar as emulsões, estas propriedades foram variadas, observando-se as mudanças causadas no sistema. Este tipo de análise foi feita medindo-se a condutividade, viscosidade e verificando-se a estabilidade da emulsão. Utilizou-se petróleo e água salina contendo 50 g.L-1 de cloreto de sódio (NaCl) para obtenção das emulsões. O petróleo utilizado foi o 765 (classificação da Petrobras) com as seguintes características: grau API 28,6°, densidade 0,8797 g.cm-3, porcentagem de água obtida através do método Karl Fischer (%KF) de 0,3 (m/m) e com SARA de 42,6% de saturados, 31,4% de aromáticos, 23,1% de resinas e 2,9% asfaltenos. Segundo a ANP Agência Nacional do Petróleo, hidrocarbonetos com grau API maior que 30 são considerados leves; entre 22º e 30º API são médios, abaixo de 22º API são pesados. Portanto, trabalhou-se com o petróleo mais próximo de leve disponível no laboratório. As emulsões com frações de óleo acima de 40% (volume), permaneceram estáveis, ou seja, não houve separação de fases entre óleo e água. Nas emulsões com menos de 40% de petróleo, uma porção de água decantou, mas não correspondia à toda água adicionada no preparo da emulsão. Assim é interessante conhecer a quantidade de água que permaneceu na fase óleo (água não decantada), por isso foi feito um estudo, ainda teórico, sobre o método de titulação Karl-Fischer (KF). Este método foi desenvolvido em 1935 por cientista alemão e é o mais popular que existe para medição de concentração de água em uma amostra. Nele a amostra da emulsão é dissolvida em metanol anidro e é titulada com o reagente KF (mistura de iodina, dióxido de enxofre, piridina e metanol anidro). A iodina presente reage com a água enquanto esta estiver presente na amostra. A quantidade total de água é determinada medindo-se o consumo total de energia elétrica.

Palavras-chave: Emulsões, Petróleo, Karl-Fischer