RESUMO

Quando o assunto é petróleo, a estabilidade das emulsões de água em óleo (e vice-versa) têm recebido muita atenção no ramo acadêmico. Além da estabilidade, propriedades, como a tensão superficial, condutividade elétrica e a viscosidade das esmulsões, são um importante parâmetro de comparação, devido ao significado operacional no custo de transporte e refino e misturas água/óleo. Porém, são muitas as variáveis que podem interferir na estabilidade das emulsões. Uma delas, por exemplo, é a quantidade presente de sais na água do mar emulsionada. Quando esta se encontra na fase contínua da emulsão, os efeitos gerados pela presença de sais em altas concentrações são bem conhecidos, como o abaixamento da estabilidade. Contudo, não basta apenas analisar o quão estável a emulsão é, pois, muitas vezes, este não é o ponto chave das operações unitárias envolvidas. E, também, apenas analisar os efeitos da água em fase contínua. Frente a isso e com base em diversas pesquisas, o presente projeto apresenta a utilização de quatro sais dentre os mais abundantes marinhos, com suas respectivas faixas de concentração, para produzir emulsões água em óleo (w/o). A partir de uma água do mar, portanto, sintética, analisa-se três diferentes temperaturas para avaliar as propriedades anteriormente citadas. Dentre os equipamentos utilizados, se encontram um agitador, um reômetro, um condutivímetro, uma centrífuga e um medidor de tensão superficial. Sendo os quatro primeiros pertencentes ao Laboratório de Emulsões (EMULTEC) e o último, ao Departamento de Física da UFPR. Com os resultados, traça-se um perfil estatístico do tipo superfície de resposta para determinar com precisão a influência, unicamente e como um todo, de cada sal dissolvido. Além disso, alguns pontos podem ser notados durante a execução do projeto que instigam os interessados na área fomentando novos temas de pesquisa.

Palavras-chave: Emulsão, Petróleo, Sais