ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DE BIOETANOL E SUA SUSTENTABILIDADE
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Aluno de Iniciação Científica: Lucas Ramon Carneiro Thomaz (IC-Jovens Talentos)
Curso: Engenharia Química (MT)
Orientador: Arion Zandoná Filho
Colaborador: Luiz Pereira Ramos, Jose Viriato Coelho Vargas
Departamento: Engenharia Química
Setor: Setor de Tecnologia
Área de Conhecimento: 30600006
RESUMO
No século em que vivemos, a competitividade leva a iniciativa pública e privada a investirem muito em pesquisa e desenvolvimento. Hoje, quem tem maiores possibilidades de contornar crises é quem possui alternativas, ou seja, quem consegue resolver os problemas de diversas maneiras, sem depender exclusivamente de um método que, em alguma ocasião, pode deixar de ser efetivo ou se tornar insuficiente. Neste contexto, inserem-se os biocombustíveis, isto é, os combustíveis provenientes da biomassa. Eles são uma alternativa a dependência do petróleo para o setor de transportes, além do ganho ambiental e social. Os biocombustíveis de segunda geração, que são obtidos a partir de resíduos lignocelulósicos, vêm para utilizar matérias-primas que ainda não estão sendo aproveitadas com todos os seus potenciais, aumentando a capacidade de produção dos combustíveis verdes. O Brasil, devido a sua extensão e variedade de climas, possui diversos resíduos que poderiam ser convertidos, por exemplo, em Etanol e Biogás. Basicamente, o processo de obtenção desses biocombustíveis envolve a utilização de carboidratos, convertendo-os através de operações unitárias e transformações químicas no produto desejado. O que muda de uma matéria-prima para a outra é o tipo de carboidratos encontrados, por exemplo: na cana-de-açúcar temos a sacarose, no milho temos o amido e nos resíduos lignocelulósicos temos uma estrutura que contém principalmente celulose, hemicelulose e lignina. O chamado Etanol 2G envolve a obtenção do Etanol a partir dos resíduos lignocelulósicos, destacando-se no Brasil o bagaço e a palha da cana-de-açúcar, além de outros resíduos agroindustriais e lixos urbanos que poderiam ser utilizados. Para conseguirmos obter Etanol 2G, precisamos transformar a celulose em açúcares fermentescíveis. A estrutura é de difícil hidrólise, logo, submetemos o material a um pré-tratamento, sendo que a explosão a vapor com ácido fosfórico é um dos melhores métodos descritos na literatura nesse processo. Após o pré-tratamento, tem-se uma lavagem com água, a qual remove parcialmente a hemicelulose e então uma extração alcalina, que remove a lignina. Teremos como resultado celulose, hemicelulose e alguns resíduos, logo, podemos utilizar a hidrólise enzimática, que irá nos fornecer os açúcares fermentescíveis, permitindo a obtenção do Etanol por fermentação alcoólica com enzimas específicas.
Palavras-chave: Biocombustíveis, Bioetanol 2G, Resíduos Lignocelulósicos