RESUMO

Em 1931 o físico e metalúrgico francês Georges Joseph Ranque descobriu o fenômeno hoje chamado de efeito Ranque-Hilsch. Ele foi o primeiro a apresentar em 1933 suas observações sobre a separação de uma corrente de fluido compressível em alta pressão em duas correntes de baixa pressão, uma em alta temperatura e outra fria, pela promoção de um movimento rotacional durante o escoamento axial do fluido numa câmara com geometria de corpo de revolução. Com design otimizado pelo físico Rudolf Hilsch, o arranjo patenteado pelo Ranque passou a ser chamado de "Tubo Vortex" e foi amplamente divulgado devido a um trabalho publicado em 1947. Neste trabalho Hilsch se propunha otimizar a geometria do Tubo Vortex para maximizar o efeito frigorifico e determinar a maior eficiência possível neste tipo de equipamento. Assim, durante as últimas décadas, devido a necessidade de tecnologias menos poluentes, a custos reduzidos, com perdas menores e de longa vida útil (L4 criteria – low pollution, low cost, low loss, and long life) justificou um interesse cada vez maior para desenvolvimento de tecnologias de jato. Fazendo parte dessa nova geração de tecnologias, o Tubo Vortex é ainda pouco conhecido no Brasil e o seu principio de funcionamento pelo efeito turbilhonador pouco estudado. Porem, o Tubo Vortex está atualmente sendo considerado por diversos fabricantes na otimização de equipamentos em toda cadeia produtiva de petróleo e gás natural. A viabilidade do uso de Tubos Vortex na indústria de petróleo e gás converteu-se recentemente em realidade, sendo confirmada pelas aplicações diretas desta tecnologia em equipamentos para extração, transporte, distribuição, comercialização e refino de petróleo e gás natural. Visando desenvolvimento de seu uso na indústria de petróleo e gás brasileira, este trabalho tem como principal objetivo, além da apresentação dos princípios de funcionamento, o desenvolvimento de um modelo termodinâmico para o Tubo Vortex.

Palavras-chave: Tubo Vortex, Petróleo, Gás Natural