RESUMO

Um dos motivos principais para desenvolver este estudo é que a falha de componentes de engenharia é um evento indesejável por diversos motivos, que incluem vidas humanas que são colocadas em risco, perdas econômicas e a interferência com a disponibilidade de produtos e serviços. Dentre os diferentes modos de falha, a falha por fadiga representa aproximadamente 90 % de todas as falhas de metais. Para se aperfeiçoar a resistência à fadiga destes materiais pode ser feita a realização de tratamentos superficiais os quais possam ajudar numa maior resistência e também na produção de tensões residuais de compressão neste local. Portanto o objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do tratamento de refusão superficial utilizando processo de soldagem plasma na microestrutura e resistência à fadiga de um aço inoxidável martensítico macio CA6NM. Para tal foram obtidas refusões superficiais com duas formas de soldagem sendo uma destas utilizando pulsação de corrente e a outra soldagem convencional. Após a soldagem, foram (estão sendo) efetuados ensaios de fadiga por meio de flexão em quatro pontos nas tensões de 750, 850 e 1000 MPa bem como análises de caracterização microestrutural via microscopia óptica e eletrônica de varredura sobre as regiões refundidas. Os ensaios de fadiga têm por objetivo caracterizar o número de ciclos necessários para causar a falha em um nível de tensão que se deseja analisar. Este número de ciclos é a vida que um material terá em determinada tensão. Os ensaios de fadiga revelam aumento da resistência à fadiga quando comparados à condição sem tratamento de refusão. Foi constatado que a microestrutura utilizando corrente pulsada apresenta, além de estrutura martensítica, bandeamento de ferrita delta e variação de tamanho da granulação a qual resulta no comprometimento (a ser avaliado) na resistência à fadiga frente à soldagem convencional.

Palavras-chave: Refusão por Plasma, Aço Inoxidável, Fadiga