RESUMO

O acúmulo de sedimentos em galerias pluviais é um problema que precisa ser evitado, pois pode prejudicar o escoamento e reduzir a eficiência da rede de drenagem urbana. A falta de conhecimento do fenômeno físico pode levar a problemas de deposição em forma de leito permanente e sabe-se que é muito comum a existência de galerias ineficientes. Estes depósitos podem conduzir à necessidade de manutenções freqüentes. Os sedimentos em contato com o leito podem ser transportados das seguintes maneiras: arraste sem deposição, no limite de deposição, com leito em forma de dunas móveis separadas e leito com depósito contínuo. O presente trabalho de pesquisa busca estabelecer um roteiro que auxilie o projetista quanto ao dimensionamento de galerias pluviais de modo a promover o transporte de sedimentos, com base em conhecimentos disponíveis na literatura. Equações foram desenvolvidas ao longo dos anos com o objetivo de entender e quantificar o movimento de partículas granulares, principalmente na condição limite de deposição. Neste projeto as principais equações são comparadas quanto à sua validade, e são também sugeridas novas equações aproximadas simplificadas definidoras de velocidade e declividade do conduto para o limite de deposição. Procura-se contribuir no projeto de galerias pluviais fornecendo equações de fácil aplicação. Foram considerados também casos em que pequenos acúmulos de sedimento no leito são tolerados, as chamadas dunas separadas, padrão que permite uma taxa um pouco maior de transporte de sedimentos do que no caso do limite de deposição. O trabalho também fornece um roteiro de cálculo para analisar a capacidade de descarga para casos com depósito de sedimentos. Constam no procedimento as equações que seguem com maior precisão o que efetivamente se observa nos processos físicos do fenômeno de transporte, de forma a evitar o superdimensionamento das galerias e conduzir a uma solução economicamente mais viável.

Palavras-chave: Galerias Pluviais, Transporte de Sedimentos, Limite de Deposição