PESQUISA DE OOCISTOS DE CRYPTOSPORIDIUM SPP. NOS MAMÍFEROS CATIVOS NO PARQUE MUNICIPAL DANILO GALAFASSI EM CASCAVEL – PR.

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Aluno de Iniciação Científica: Alessandra Snak (PIBIC/CNPq)

Curso: Medicina Veterinária - Palotina (MT)

Orientador: Silvia Cristina Osaki

Colaborador: Felipe Gustavo Garcia, Luciana Wolfran

Departamento: Medicina Veterinária

Setor: Campus Palotina

Área de Conhecimento: 21301026


RESUMO

Cryptosporidium são importantes agentes patogênicos que acometem todas as classes animais, porém pouco se conhece sobre a sua distribuição nas populações silvestres. Uma grande variedade de espécies animais terrestres e aquáticas tem sido identificada como hospedeiros de espécies e genótipos de Cryptosporidium spp. Estudos recentes associando achados parasitológicos e técnicas moleculares têm proporcionado uma nova visão em relação à especificidade de hospedeiro e potencial de transmissão de várias espécies e genótipos de Cryptosporidium entre animais e destes para o homem. O ambiente de zoológico, devido à concentração de diferentes espécies animais em espaços restritos, associado ao estresse do cativeiro e o contato direto com o homem, torna susceptível à infecção por Cryptosporidium spp. O objetivo do trabalho foi pesquisar a ocorrência de oocistos de Cryptosporidium spp. em fezes dos mamíferos cativos no Parque Municipal Danilo Gallafasi em Cascavel-PR. Durante os anos de 2011 e 2012 foram realizadas cinco coletas, totalizando 116 amostras de fezes. As amostras de fezes foram submetidas à centrífugo-flutuação. Lâminas foram confeccionadas com o material obtido e coradas segundo o método de Ziehl-Neelsen modificado. As lâminas foram observadas em microscópio com aumento de 1000X e em seguida foi feita a leitura em microscópio de captura para a medição dos oocistos. Foram consideradas positivas 48,27% das amostras analisadas. Observou-se que três espécies de animais obtiveram todos os resultados negativos: Cerdocyon thous (Cachorro do mato), Panthera leo (Leão) e Panthera onca (Onça pintada). A espécie que apresentou maior taxa de infecção foi o Tayassu tajacu (Cateto) com 88,88%, seguido do Mazama nana (veada cambuta) com 75% e Mazama gouazoupira (Veado catingueiro) com 75%. As análises continuam, agora com medição dos oocistos, extração de DNA, realização da reação em cadeia pela polimerase (PCR) e sequenciamento das amostras positivas para determinar a espécie de Cryptosporidium spp. envolvida. Mesmo os animais não apresentando nenhuma sintomatologia da parasitose, a positividade alta que pode ser explicada pela possibilidade de eliminação de oocistos sem que o animal apresente sinais clínicos, o que permite a contaminação ambiental sem que ocorram medidas preventivas. Essa contaminação ambiental é importante uma vez que há contato constante de seres humanos (tratadores, médicos veterinários, biólogos e visitantes) com animais.

Palavras-chave: Cryptosporidium, PCR, Animais Silvestres