UTILIZAÇÃO DA TÉCNICA DE REAÇÃO EM CADEIA PELA POLIMERASE PARA DETECÇÃO DO PARVOVIRUS CANINO TIPO 2 EM CÃES NATURALMENTE INFECTADOS.

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Aluno de Iniciação Científica: Andressa Fernanda Kunz (PIBIC/Fundação Araucária)

Curso: Medicina Veterinária - Palotina (MT)

Orientador: Elisabete Takiuchi

Colaborador: Patrícia Grolli, Jéssica Cristhine Gallego,

Departamento: Medicina VeterináriaJanaína Lustosa de Mello

Setor: Campus Palotina

Área de Conhecimento: 21201013


RESUMO

A parvovirose canina é uma enfermidade entérica causada pelo parvovírus canino tipo 2 (CPV-2), de alta morbidade e mortalidade em animais jovens. Habitualmente, o diagnóstico da parvovirose canina é presuntivo, baseado nos sinais clínicos, histórico e valores de hemograma. O presente trabalho teve como objetivo utilizar a técnica de PCR para a detecção do CPV-2 a partir de amostras fecais de cães. Foram analisadas amostras de fezes de cães não vacinados com até 2 meses de idade, e sinais de gastroenterite hemorrágica que foram atendidos no HV da UFPR Setor Palotina. Também foi incluída no estudo amostra fecal de uma cadela adulta proveniente de um abrigo para cães gerido por uma ONG de Medianeira, Paraná. Como controle positivo foi utilizado o antígeno CPV-2 constituinte de uma vacina atenuada comercial. A extração de ácido nucleico foi feita pela associação das técnicas fenol-clorofórmio-álcool isoamílico e sílica tiocianato de guanidina. Posteriormente as amostras foram submetidas à PCR onde foi utilizado o par de primer 555for: 5´CAGGAAGATATCCAGAAGGA 3´ e 555rev: 5´ GGTGCTAGTTGATATGTAATAAACA 3´ para a amplificação de segmento de 583 pb do gene VP2 (nt 4003 a 4585). A reação foi realizada em uma solução contendo 5 µL de DNA e 45 µL de PCR-MIX constituído por 20 pmol de cada primer, 1,5 mM de MgCl2, 1,6 µM de dNTP, 2,5 unidades de Taq Platinum DNA polimerase, 1 x PCR buffer (20 mM Tris HCl pH 8,4 e 50 mM KCl) e água ultra pura autoclavada com volume final de 50 µL. O processo de amplificação foi realizado em termociclador com as seguintes condições de tempo e temperatura: i) etapa inicial de desnaturação 10min/94°C; ii) 40 ciclos de 1 min/94°C (desnaturação), 1 min/54°C (anelamento) e 1 min/72°C (extensão); iii) uma etapa de extensão final de 7 min/72°C. A análise dos fragmentos de DNA amplificado foi efetuada após eletroforese em gel de agarose 2% em tampão TBE (Tris 89 mM; ácido bórico 89 mM; EDTA 2mM) pH 8,4 seguida por coloração em solução contendo brometo de etídio e visualização sob luz ultra-violeta. Das dez amostras provenientes dos atendimentos do HV, sete (70%) foram positivas pela PCR, gerando o produto esperado de 583 pb de forte intensidade. O CPV-2 também foi detectado na amostra fecal da cadela proveniente da ONG, confirmando a infecção viral inclusive em animais adultos. Devido à semelhança do quadro clínico com outras enfermidades infecciosas, parasitárias e até mesmo intoxicações, faz-se necessário o diagnóstico preciso da parvovirose canina para fins terapêuticos bem como estimar a real prevalência da doença em nossa região.

Palavras-chave: Parvovírus Canino Tipo 2, Diagnóstico, PCR