RESPOSTAS CELULARES DE HEPATÓCITOS DE RATO À COEXPOSIÇÃO A NANOPARTÍCULAS DE PRATA E HIDROCARBONETOS POLICÍCLICOS AROMÁTICOS
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Aluno de Iniciação Científica: Ludiana Cardoso da Silva (PIBIC/CNPq)
Curso: Biomedicina (MT)
Orientador: Francisco Filipak Neto
Co-Orientador: Samuel Liebel
Colaborador: Ana Luisa R. D. da Silveira, Ciro A. de Oliveira Ribeiro,
Departamento: Biologia Celular
Setor: Setor de Ciências BiológicasMarco A. Ferreira Randi
Área de Conhecimento: 21007004
RESUMO
A nanotecnologia representa uma nova revolução industrial. Contudo, várias das propriedades das nanopartículas (NP) que as tornam úteis na indústria, favorecem a adsorção de poluentes e o carregamento destes para dentro das células. Os impactos das nanopartículas no ambiente e na saúde são ainda pouco conhecidos, em particular quando presentes em misturas. Assim, este trabalho teve por objetivo estudar os efeitos de combinações de NPs de prata e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs), visando reconhecer possíveis interações toxicológicas em células de hepatocarcinoma humano (HepG2). As NPs de prata foram selecionadas devido ao seu amplo emprego em produtos destinados ao consumidor. Os HPAs estão presentes em misturas como o petróleo e derivados, bem como produzidos em processos de queima de matéria orgânica. A linhagem HepG2 foi escolhida como modelo experimental por conservar propriedades metabólicas de interesse típicas de hepatócitos normais, e por representarem uma opção de células humanas sem utilizar métodos invasivos de obtenção. Assim, as células HepG2 foram cultivadas em meio DMEM suplementado com soro bovino fetal (SBF) a 10%, transferidas para microplacas de cultura e expostas por 24 e 48 h aos contaminantes em meio de cultura a 2% de SBF. Foram estabelecidos 12 grupos experimentais, sendo eles: 3 concentrações de NPs de prata (3, 30, 300 ng/ml), 2 de HPAs (30 e 300 ng/ ml), 6 grupos contendo todas as associações possíveis e um controle. As NP utilizadas foram caracterizadas utilizando o Zetasizer Nano®. Após a exposição, os ensaios do vermelho neutro (VN) e MTT foram realizados a fim de verificar a viabilidade e metabolismo celulares. O potencial Zeta das suspensões de NP (-10 mv) indicou instabilidade das partículas dispersas nas soluções utilizadas, o que resultou na sua agregação. Contudo, cerca de 50% de partículas ainda apresentavam-se com tamanho inferior a 100 nm. As misturas NP 30 ng/ml + HPA 300 ng/ml e NP 300 ng/ml + HPA 30 ng/ml causaram aumento da viabilidade celular em 32% e 21%, respectivamente, em relação aos grupos expostos apenas aos HPAs, porém não em relação às NP isoladas. Já o ensaio de MTT não detectou diferenças entre os grupos. Estes resultados referem-se à exposição durante 48 h. Quanto a 24 h, os ensaios ainda estão sendo realizados com o intuito de se verificar se algum dano é causado às células neste período, o que poderia ser mascarado em 48 h devido à recuperação ou proliferação das células.
Palavras-chave: Nanopartículas, Cultivo Celular, Toxicidade