ESTUDO DA DEPRESSÃO ASSOCIADA AOS MODELOS ANIMAIS DA DOENÇA DE PARKINSON.
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Aluno de Iniciação Científica: Thiago Luiz dos Santos Zilli (PIBIC/CNPq)
Curso: Farmácia (MT)
Orientador: Maria Aparecida Barbato Frazão Vital
Co-Orientador: Thiago Zaminelli
Colaborador: Luiz Kae Sales Kanazawa, Fabianno Fabeni,
Departamento: Farmacologia
Setor: Setor de Ciências BiológicasFelipe Fernandes Ferreira
Área de Conhecimento: 21003009
RESUMO
A doença de Parkinson (DP) é um transtorno neurológico caracterizado por uma perda progressiva de neurônios dopaminérgicos na Substância Negra pars compacta (SNpc) associada a uma deposição de alfa-sinucleína e formação de corpos de Lewy em várias regiões do sistema nervoso central, além da progressiva debilidade motora. Além dos sintomas motores, depressão e ansiedade são frequentemente observadas nos pacientes parkinsonianos. Para entender os mecanismos envolvidos nesta patologia, modelos animais de DP baseados em toxinas, como MPTP e rotenona, têm sido úteis ao longo das últimas décadas. Rotenona, um inseticida e pesticida extraída das plantas Leguminosa, que age inibindo o complexo I da cadeia de transporte de elétrons. Diversos estudos demonstraram a capacidade desta toxina em mimetizar os principais sintomas de DP, especialmente os motores. Neste estudo, foi avaliado o potencial da administração oral prolongada de rotenona em induzir sintomas motores e não-motores da DP em camundongos. Foram utilizados camundongos Swiss machos (~30 g) onde foram randomicamente distribuídos em 2 grupos: veículo (óleo de girassol) e rotenona (15 mg/kg) onde foram administrados por gavagem (10 mg/kg) diariamente por 28 dias. O teste do campo aberto foi realizado nos dias 29, 35, 42 e 49. Além disso, o teste do nado forçado (TNF) e o teste de esconder esferas (TEE) foram feitos no dia 50, enquanto que o teste de suspensão pela cauda (TSC) e o labirinto em cruz elevado (LCE) foram realizados no dia 51. Todos os dados foram analisados por Teste t não pareado complementado pelo teste de Tukey. Diferenças estatisticamente significativas foram estabelecidas a p < 0.05. O protocolo segue as recomendações da Universidade Federal do Paraná e foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade (protocolo # 589). Os resultados demonstraram que a administração de rotenona é capaz de induzir debilidade motora severa e progressiva caracterizada por hipolocomoção nos dias 29, 35 e 42. Nesse protocolo, a rotenona não foi capaz de induzir comportamento depressivo tanto no TNF quanto no TSC (p > 0.05). No entanto, os animais tratados com rotenona exibiram um comportamento ansiogênico no LCE (p < 0.05), porém, nenhuma diferença foi observada entre os grupos no TEE (p > 0.05). Esta é a primeira vez, ao nosso conhecimento, que a administração oral de rotenona é descrita como capaz de induzir, além da debilidade motora, comportamento ansiogênico em camundongos.
Palavras-chave: Parkinson, Rotenona, Ansiedade