PAPEL DO ANTIOXIDANTE VITAMINA E NA ANSIEDADE ASSOCIADA AO DIABETES: AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL DE ANIMAIS COM O DIABETES INDUZIDO POR ESTREPTOZOTOCINA.

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Aluno de Iniciação Científica: Eder Gambeta de Andrade (IC-Voluntária)

Curso: Ciências Biológicas (N)

Orientador: Janaina Menezes Zanoveli

Co-Orientador: Joice Maria da Cunha

Colaborador: Camila Pasquini de Souza, Alysson Balles Rodrigues

Departamento: Farmacologia

Setor: Setor de Ciências Biológicas

Área de Conhecimento: 21003009


RESUMO

Desordens neuropsiquiátricas como a ansiedade estão relacionadas com o Diabetes mellitus. Estudos apontam que pessoas com diabetes tem maior prevalência a desenvolver transtorno de ansiedade, bem como de humor. Tendo em vista os altos custos de tratamento para combater essas desordens neuropsiquiátricas, bem como o diabetes, este projeto visa investigar o potencial efeito ansiolítico da Vitamina E na ansiedade induzida por diabetes. Para isso, ratos machos Wistar (180-200 g) com diabetes induzido quimicamente por estreptozotocina (DBT; 50 mg/kg, i.p.) ou normoglicêmicos (NGL) foram submetidos a um tratamento crônico por 28 dias com o antioxidante vitamina E (vit E) ou veículo. Após 28 dias do início do tratamento, os animais foram submetidos ao teste do labirinto em T elevado (LTE), no qual a resposta de ansiedade, latência de saída do braço fechado do LTE (resposta de esquiva inibitória), foi avaliada. A fim de avaliar a atividade locomotora, imediatamente após o teste no LTE, os animais foram submetidos no campo aberto. Dois dias após, os mesmos animais foram submetidos ao teste de condicionamento de medo contextual (sessão condicionamento com choque na pata (dia 1) e sessões teste (sem choque) em dias subsequentes (sessões 1, 2 e 3) que nos permite avaliar a resposta de ansiedade de congelamento contextual (sessão 1), bem como a extinção dessa resposta de congelamento aversiva (sessões 2 e 3). Os dados mostraram que animais DBT apresentaram uma resposta de ansiedade mais pronunciada, quando comparado com animais NGL, ou seja, foi observado um aumento na latência de saída do braço fechado (resposta de esquiva inibitória) do LTE, bem como um aumento na resposta de congelamento condicionada (sessões 1, 2 e 3). O tratamento com vit E induziu um efeito específico tanto nos animais NGL como nesses animais DBT sobre as respostas de ansiedade avaliadas. Ou seja, o tratamento induziu efeito do tipo ansiolítico tanto na avaliação da esquiva inibitória (redução da latência de saída do braço fechado), como da resposta de congelamento (redução no tempo de congelamento; sessão 1). Interessante que o tratamento com vit E facilitou a extinção da memória aversiva dos animais NGL, mas não dos animais DBT, ao longo das sessões de condicionamento (sessões 2 e 3). Os resultados mostram que o tratamento crônico com o composto antioxidante vit E diminui o fenótipo de ansiedade em animais diabéticos e traz, portanto, a possibilidade de ser utilizado como um adjuvante no tratamento da ansiedade para pacientes diabéticos.

Palavras-chave: Diabetes, Ansiedade, Vitamina E