EFEITOS HEPÁTICOS DA PIOGLITAZONA E ATORVASTATINA EM SEPSE

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Aluno de Iniciação Científica: Flávia Pacheco da Silva (PIBIC/CNPq)

Curso: Medicina Veterinária - Curitiba (MT)

Orientador: Alexandra Acco

Co-Orientador: Aline Maria Stolf

Colaborador: Francislaine dos Reis Lívero, Gracianny Martins,

Departamento: Farmacologia

Setor: Setor de Ciências BiológicasCarlos Eduardo Alves de Souza

Área de Conhecimento: 21001006


RESUMO

A sepse é uma síndrome caracterizada por uma infecção generalizada. O fígado é o segundo órgão mais afetado na sepse, além de sofrer as consequências do estresse oxidativo, que desempenha um importante papel nesta síndrome. As maiores taxas de mortalidade na sepse estão relacionadas com maiores liberações de espécies reativas de oxigênio. Por este motivo o presente trabalho teve como finalidade testar duas drogas na síndrome séptica, focando em seus possíveis efeitos antioxidantes. As drogas foram pioglitazona e atorvastatina, e foi observado se há efeito sinérgico entre as mesmas e drogas já utilizadas na sepse, incluindo associação com enrofloxacina 5 mg/kg e solução de NaCl 0,9% 10 mL/kg. A sepse foi induzida pelo método da ligadura e punção cecal (CLP), e os tratamentos feitos após a CLP. O material biológico foi colhido após 18h da indução da sepse. Foram utilizados 88 ratos machos adultos da linhagem Wistar (200 a 250 g), separados em 11 grupos (n=8): Sham (SH), Controle (C), Atorvastatina dose alométrica (A), Atorvastatina dose 5 vezes maior (A+), Pioglitazona dose alométrica (P), Pioglitazona dose 5 vezes maior (P+), Atorvastatina dose alométrica e associações (AE), Atorvastatina dose 5 vezes maior e associações (AE+), Pioglitazona dose alométrica e associações (PE) e Pioglitazona dose 5 vezes maior e associações (P+E). Para os ensaios do estresse oxidativo foram mensurados os parâmetros catalase (Cat), glutationa-S-transferase (GST), glutationa reduzida (GSH) superóxido dismutase (SOD) e lipoperoxidação (LPO). No plasma foram medidos triglicerídeos e as enzimas aspartato aminotransferase (AST), alanina aminotransferase (ALT) e fosfatase alcalina (FA). Foi observada diferença estatística na atividade enzimática da Cat entre SH e C e entre PE+ e C. Os grupos A+, AE e AE+ apresentaram uma tendência de redução da atividade enzimática da GST. A menor taxa de LPO foi observada nos grupos AE, P+E e AE+, porém não foi observada diferença entre SH e C. Com relação à FA, houve aumento significativa no grupo C. Já a ALT, AST, GSH e SOD não mostraram diferença estatística entre os grupos. Conforme já descrito na literatura, houve aumento nos triglicerídeos dos grupos C, P+ e AE em relação ao grupo SH. Nos parâmetros avaliados, as drogas pioglitazona e atorvastatina não demonstraram expressivo potencial hepatoprotetor contra as lesões induzidas pela sepse em ratos, quando usadas isoladamente ou em combinação. Com tais resultados, estas drogas não parecem ser suficientemente eficientes para serem incluídas na politerapia da sepse.

Palavras-chave: Sepse, Atorvastatina, Pioglitazona