DESENVOLVIMENTO DE UM PROCESSO PARA A HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DA PECTINA
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Aluno de Iniciação Científica: Diogo Henrique Ferreira de Paula (PIBIC/CNPq)
Curso: Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia (MT)
Orientador: David Alexander Mitchell
Co-Orientador: Nadia Krieger
Colaborador: Daniele Stock, Fernanda Cardoso Farias
Departamento: Bioquímica
Setor: Setor de Ciências Biológicas
Área de Conhecimento: 20805004
RESUMO
O ácido D-galacturônico é um açúcar ácido, de alto valor agregado, que pode ser utilizado diretamente na indústria alimentícia e cosmética ou servir de um intermediário químico na síntese de outros compostos, como o FDCA (ácido 2,5 furandicarboxílico), um bioplástico substituinte do PET. Esse açúcar está presente na estrutura da pectina e pode ser obtido através da hidrólise deste polissacarídeo, por via ácida ou enzimática. A hidrólise enzimática é vantajosa por ocorrer em condições brandas de temperatura e pressão, relativamente próximas da ambiente, e atingir um maior rendimento de açúcar. No entanto, as enzimas agregam um alto custo ao processo. As pectinases, que são o conjunto de enzimas que catalisam a hidrólise da pectina, podem ser produzidas por fungos filamentosos através de fermentação em estado sólido (FES) ou fermentação submersa (FS). A FES apresenta vantagens sobre a FS por utilizar resíduos agroindustriais como fonte de carbono, além de necessitar de menos água durante o processo. O objetivo deste trabalho foi observar o padrão cinético da hidrólise da pectina cítrica em alta concentração, utilizando o sólido fermentado obtido por fermentação no estado sólido como catalisador. O meio reacional da cinética de hidrólise da pectina foi preparado utilizando uma solução de pectina 10% (m/v) e 6 g de sólido fermentado, com a adição ou não de azida sódica ao meio reacional numa concentração de 0,02% (m/v). A reação foi conduzida por 48 horas a 30o C em shaker rotativo (180rpm), com a retirada de alíquotas para a quantificação dos monômeros por CLAE. A concentração máxima obtida foi de 46,3 g L-1 de ácido D-galacturônico na amostra de 24 h sem a presença de azida sódica. Quanto à composição de monossacarídeos neutros, foi detectada a presença de glucose, ramnose, arabinose, manose, xilose e galactose. Mas, devido à sobreposição de picos dos padrões de açúcares ainda não foi possível determinar a concentração exata desses monossacarídeos.
Palavras-chave: Ácido D-galacturônico, Pectinases, Fermentação no Estado Sólido