ANÁLISE DOS FILMES FINOS DA PROTEÍNA GLNK DE S. MUTANS SOBRE MICA

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Aluno de Iniciação Científica: Juliano Morimoto Borges (PIBIC/UFPR-TN)

Curso: Ciências Biológicas (M)

Orientador: Elaine Machado Benelli

Departamento: Bioquímica

Setor: Setor de Ciências Biológicas

Área de Conhecimento: 20801017


RESUMO

Proteínas são polímeros de aminoácidos que desempenham as mais diversas funções em sistemas biológicos. Essas funções estão intimamente relacionadas à estrutura tridimensional a qual essas proteínas adquirem. As estruturas tridimensionais são influenciadas principalmente pelas cadeias laterais dos aminoácidos constituintes, já as cadeias principais são responsáveis pelas ligações peptídicas. As ligações peptídicas correspondem à ligação covalente entre o grupo carboxila de um aminoácido e o grupo amina do aminoácido seguinte com concomitante perda de uma molécula de água. Muitas técnicas vêm sendo desenvolvidas com o intuito de facilitar e acelerar a nucleação e, assim, a cristalização de biomoléculas. Uma das técnicas é a utilização de filmes finos de proteínas adsorvidos em substratos sólidos e a conseqüente utilização destes substratos como principio para a cristalização. A análise destes filmes é feito por microscopia de força atômica (AFM) com o intuito de caracterizar a organização desses filmes. Este trabalho tem como foco de estudo a proteína GlnK de Streptococcus mutans. A proteína GlnK é uma proteína da família PII. As proteínas dessa família são caracterizadas por serem importantes transdutores de sinais de nitrogênio intra e extracelulares nos mais diversos microrganismos. Para este estudo foram depositadas soluções de GlnK 100nM e 10nM além da proteína desnaturada sobre o substrato sólido, no nosso caso, a mica. O método de deposição foram o drop deposition. A mica é um cristal mineral, constituído por diversas folhas de (Si,Al2)O5 ligados ionicamente com uma camada central de Al2(OH)2. Além disso, íons potássio (K+) estabilizam a rede carregada negativamente formada pelo oxigênio. Em pH neutro a mica torna-se carregada negativamente pela perda de íons tornando-se hidrofílica e com potencial para adsorção da proteína GlnK. Outra técnica também foi utilizada. A técnica de FTIR tem como objetivo determinar estruturas secundárias de proteínas. Isso é possível pela incidência de feixes de luz infra-vermelho na amostra que pode estar em solução ou fixada em substrato. A incidência em comprimentos de ondas determinados são capazes de gerar freqüências reconhecidas de algumas ligações químicas. Essas ligações podem indicar quais estruturas secundarias estão são encontradas na amostra.

Palavras-chave: Filmes Finos, Proteínas PII, Estrutura