EXTRAÇÃO, PURIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL DOS POLISSACARÍDEOS DA CASCA DO MANGOSTIN (GARCINIA MANGOSTANA).

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Aluno de Iniciação Científica: Natissa de Oliveira Ribas (PIBIC/CNPq)

Curso: Nutrição (MT)

Orientador: Lucimara Mach Cortes Cordeiro

Colaborador: Rafael Roberto Klosterhoff

Departamento: Bioquímica

Setor: Setor de Ciências Biológicas

Área de Conhecimento: 20801009


RESUMO

O mangostin (Garcinia mangostana), é um fruto nativo do sul e sudeste da Ásia e é amplamente cultivado em outras partes dos trópicos devido a sua popularidade e o seu potencial de comercialização. O mangostin é conhecido como "a rainha das frutas", pois é uma das frutas tropicais mais saborosas, conforme o seu sabor ligeiramente ácido e doce. No Brasil, o fruto foi introduzido no ano de 1935, na Bahia, e em 1942 no Pará. O mangostin pode ser consumido integralmente como suco a partir da trituração de todas as suas partes (casca, polpa e semente) e a casca pode ser utilizada como corante. Esta compõe 70% do peso do fruto e apresenta em sua composição xantonas (substâncias que despertam o interesse na indústria de alimentos e farmacêutica por possuir ação antioxidante), bem como elevado teor de fibras. Entretanto, não existe ainda na literatura estudos sobre os polissacarídeos que compõem estas fibras. Desta maneira, este estudo tem como objetivo a extração, purificação e caracterização estrutural dos polissacarídeos presentes na casca do mangostin. Os frutos foram obtidos no Mercado Municipal de Curitiba-PR, lavados em água corrente e a casca foi separada da polpa e das sementes com auxílio de uma faca. A casca foi desidratada por liofilização e em seguida foi moída com auxílio de moinho, resultando em 239 g de material (62,34% de umidade). Esta foi deslipidificada em aparelho de Soxhlet utilizando metanol:clorofórmio (1:1, v/v) como solventes. Em seguida, os polissacarídeos foram extraídos pelo processo aquoso a 100ºC e alcalino (com KOH a 10%) a 100ºC, sob refluxo, obtendo-se os extratos aquosos (fração MCW, rendimento 32,7 g) e alcalinos (fração MCK, rendimento 41,5 g), respectivamente. A fração MCK apresentou-se composta por arabinose (36.0%), manose (4,7%), galactose (12,6%), xilose (37,8%), glucose (6,9%), e ramnose (2.0%). Para iniciar a etapa de purificação dos polissacarídeos, estes extratos foram submetidos ao processo de purificação por congelamento e degelo, originando frações solúveis (MCWS, MCKS) e insolúveis (MCWP, MCKP) em água fria. Estas frações serão analisadas quanto a suas composições monossacarídicas e perfil de homogeneidade. Apoio financeiro: Pronex-Carboidratos, CNPq, Fundação Araucária.

Palavras-chave: Mangostin, polissacarídeos, Garcinia mangostana