ANÁLISE FISIOLÓGICA DO CO-CULTIVO DE BACTÉRIA H. SEROPEDICAE SMR1 E A. BRASILENSE ABV5 COM PLÂNTULAS DE TRIGO (T. AESTIVUM L, CV CD 120 E FRONTANA).
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Aluno de Iniciação Científica: Camila Gazolla Volpiano (IC-Voluntária)
Curso: Tecnologia em Biotecnologia - Palotina (N)
Orientador: Marise Fonseca dos Santos
Co-Orientador: Eliane C. G. Vendruscolo
Colaborador: Fernando Furlan, Andressa Estevam, Kleber Saatkamp
Departamento: Não definido
Setor: Campus Palotina
Área de Conhecimento: 20800002
RESUMO
No sul do Brasil, a cultura do trigo sofre com veranicos que diminuem a produtividade devido ao estresse hídrico. As Bactérias Promotoras de Crescimento Vegetal (BPCP) se associam beneficamente com vegetais, a exemplo Herbaspirillum seropedicae SmR1 e Azospirillum brasilense AbV5. Estas são capazes de estimular o desenvolvimento vegetal e proteger contra o estresse através do aumento da síntese de ácido indol-3-acético (AIA promotor de crescimento vegetal) e redução da quantidade de etileno, conhecido como fitohormônio do estresse vegetal ou senescência. O precursor da síntese de etileno é o 1-aminociclopropano-1-carboxilato, cuja enzima de síntese é ativada por AIA e sua degradação produz ácido alfacetobutírico (ACB). O objetivo deste trabalho foi estudar duas variedades de trigo da COODETEC, a CD 120 e uma cultivar ancestral, "Frontana", para verificar o efeito fisiológico das BPCP em plântulas de trigo in vitro, em estresse hídrico promovido por polietilenoglicol (PEG). Plântulas obtidas a partir de cultura de embriões maduros foram transferidas para 10 mL de 1/10 meio MS líquido em tubos de ensaio com ou sem PEG 6000 (0,3 MPa). Após 24 horas, os tubos foram inoculados com 107 células/mL de H. seropedicae ou/e 106 células/mL de A. brasilense, mantendo-se durante 5 dias em co-cultivo. Como controle, as plântulas não inoculadas seguiram as mesmas condições. No final do período experimental, o meio de co-cultivo foi tomado para a quantificação de AIA, ACB e proteínas totais. O AIA nos tratamentos sem PEG com H. seropedicae foi superior para a cv CD 120, enquanto para a cv Frontana as quantidades totais foram cerca de 10 vezes menores, todavia destacaram-se os tratamentos com PEG e A. brasilense. A presença de ACB aumentou na presença de H. seropedicae especialmente sob estresse em ambas as cultivares. Comparando os controles (com e sem PEG) para o CD120 houveaumento de ACB em PEG, enquanto a cv. Frontana não apresentou diferenças. A proteína total foi maior em presença de bactérias comparado ao controle. Nos tratamentos com PEG a concentração de proteínas no meio de co-cultivo foi maior, podendo indicar morte celular da planta e/ou bactéria. Foi possível concluir que ambas as bactérias são capazes de produzir AIA associadas ao trigo, entretanto H. seropedicae associa-se melhor com o CD 120 e A. brasiliense com a cv. Frontana. O CD 120 percebe o estresse com PEG e sintetiza etileno, enquanto H. seropedicae ajuda a diminui-lo, diferentemente da cv. Frontana, que considera a condição in vitro tão estressante quanto a presença de PEG no meio de cultivo.
Palavras-chave: Bactéria Promotora do Crescimento Vegetal, Trigo, Fitohormônio