VIABILIDADE DE CÉLULAS DE SERTOLI DE RATOS PRÉ-PÚBERES EXPOSTAS IN VITRO AO MONO-(2-ETILHEXIL)-FTALATO E NONILFENOL.

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Aluno de Iniciação Científica: Marina Augusto Heuschkel (PIBIC/CNPq)

Curso: Biomedicina (MT)

Orientador: Rosana Nogueira Morais

Colaborador: Andrei de Sousa Santos, Katlyn Barp Meyer

Departamento: Fisiologia

Setor: Setor de Ciências Biológicas

Área de Conhecimento: 20700008


RESUMO

Com o declínio da função reprodutiva masculina, cresce também a preocupação em relação aos desreguladores endócrinos, substâncias que podem alterar o sistema endócrino e reprodutivo. Entre elas estão o mono-(2-etilhexil)-ftalato (MEHP) e o 4-nonilfenol (NP), as quais, entre outros efeitos, induzem a formação de espécies reativas de oxigênio, levando ao estresse oxidativo em células testiculares, incluindo as células de Sertoli, principal linha de defesa testicular. Assim, nosso objetivo foi avaliar a citotoxicidade de diferentes doses de MEHP e NP a serem utilizadas em estudo de estresse oxidativo em cultivos primários de células de Sertoli de ratos pré-púberes. Para isolamento das células, os testículos de ratos Wistar de 18 a 21 dias (n=20) foram coletados, decapsulados e digeridos em duas etapas com colagenase (0,1%). As células de Sertoli foram separadas por sedimentação, ressuspendidas em meio de cultura Ham's F-12 e meio de Eagle modificado, semeadas em placas de 96 poços em 300 uL de suspensão (10µg de DNA/mL) por poço e cultivadas a 34°C em uma atmosfera de 5% CO2 e 95% ar. O MEHP e NP, diluídos em dimetilsulfóxido, foram adicionados ao meio de cultivo em concentrações variáveis. Os tratamentos (n=8 por grupo) foram veiculo 0,25% (Controle) ou diferentes concentrações de MEHP (M1, 10?M; M2, 50?M; M3, 100 ?M; M4, 200 ?M) ou NP (N1, 10?M; N2, 20 ?M; N3, 40 ?M; N4, 100?M). Os tratamentos foram feitos após quatro dias de cultivo, por 24 horas. Para avaliar a citotoxicidade das substâncias, determinou-se a viabilidade celular por ensaio MTS (3-(4,5-dimetil-2-il)-5-fenilmetil (3-carboxi)-2-(4 sulfofenil)-2H-tetrazolio), utilizando um kit comercial (CellTiter 96 Aqueous non radioactive cell proliferation assay; PromegaCorp., Madison, WI). O método determina a viabilidade celular pela medida da conversão de MTS em formazan pelas enzimas desidrogenases de células metabolicamente ativas. A leitura da absorbância a 490 nm é diretamente proporcional à viabilidade. A média (±EPM) da viabilidade celular (%) foi de 98,4±1,5; 99,0±1,0; 97,8±2,0 e 102,7±1,9 em relação ao controle após exposição a M1, M2, M3 e M4 e de 99,2±1,5; 97,7±1,6; 101,4±1,2; 98,9±1,8, para N1, N2, N3 e N4 respectivamente, não sendo detectada diferença significativa entre o grupo controle e os tratados. Deste modo, podemos concluir que as concentrações utilizadas de MEHP e NP não são citotóxicas e podem ser usadas para avaliar seus efeitos oxidativos sobre células de Sertoli in vitro.

Palavras-chave: Ftalato, Nonilfenol, Células de Sertoli