EFEITO DO ÁCIDO ALFA-LIPÓICO (ALA) NA GLOMERULOESCLEROSE E NA ATIVAÇÃO DE NRF2 NO TECIDO RENAL EM RATOS NEFRECTOMIZADOS
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Aluno de Iniciação Científica: Susan Amaral Jaigobind (PIBIC/CNPq)
Curso: Farmácia (MT)
Orientador: Lia Sumie Nakao
Colaborador: Silvia Daniele Rodrigues, Maria Fernanda Soares
Departamento: Patologia Básica
Setor: Setor de Ciências Biológicas
Área de Conhecimento: 20601000
RESUMO
A doença renal crônica (DRC) é uma doença degenerativa que compromete a função renal e, portanto, induz desequilíbrios hídrico e osmótico e acúmulo de toxinas urêmicas no organismo. O estresse oxidativo está reconhecidamente associado aos estágios finais da DRC, e dados de nosso grupo têm indicado que a uremia poderia ser o gatilho deste estresse. Portanto, neste trabalho, investigamos o tratamento antioxidante com ácido alfa lipóico (ALA) in vivo e in vitro. Para os estudos in vivo, avaliamos se ALA inibiria os danos renais em ratos urêmicos. Para isso 8 ratos Wistar machos foram submetidos a cirurgia de nefrectomia 5/6 e outros 8 ratos à cirurgia de laparotomia (grupo sham). O ALA (solução 250 mg/L em água de beber, ad libitum, do 7º ao 60º dia pós-cirúrgico) foi administrado para metade dos ratos nefrectomizados e para metade dos ratos sham, de modo que havia 4 grupos experimentais: DRC, SHAM, DRC ALA, SHAM ALA. Os tecidos renais destes animais foram coletados, fixados, emblocados, cortados e submetidos à coloração por PAS. Foram feitas análises estatísticas entre os grupos experimentais aplicando-se o teste t-Student. Os resultados mostraram que o ALA não protegeu o rim de glomeruloesclerose, pois comparando os grupos DRC e DRC ALA, o grupo tratado apresenta uma média de glomérulos esclerosados maior do que o grupo não tratado (p>0,05). A análise de fibrose e atrofia e porcentagem de células infiltradas também mostrou que os grupos tratados com ALA apresentam lesões mais intensas que os grupos não tratados (p>0,05). Para os estudos in vitro, avaliamos se a uremia altera a ativação da via antioxidante Nrf2 em células vasculares, uma vez que a literatura tem mostrado que esta via é inativada nos rins de ratos com DRC. Para isso, células musculares lisas (RASM) e endoteliais (RAEC) foram igualmente cultivadas, tratadas e divididas nos seguintes grupos: tratamento com soro não urêmico e soro urêmico de pacientes em hemodiálise. A ativação de Nfr2 foi verificada pela translocação desta proteína para o núcleo, através de Western blotting com frações citossólicas e nucleares. Como controle positivo, tratamos as células com o agente ativador de Nrf2, tert-butilhidroquinona (tBHQ). Os resultados preliminares mostram que de fato células tratadas com soro urêmico não ativam Nrf2. Para avaliar se ALA ativa esta via, iremos inicialmente avaliar a viabilidade celular após o tratamento com diferentes concentrações de ALA, pelo teste de MTT, pois a literatura mostra que ALA pode atuar como agente anti ou pró-apoptótico.
Palavras-chave: Doença Renal Crônica, Estresse Oxidativo, Uremia