ESTUDO DA OOGÊNESE DE LOXOSCELES INTERMEDIA
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evinci/resumo_0285.html
Aluno de Iniciação Científica: Everton Fogaça (PIBIC/CNPq)
Curso: Ciências Biológicas (M)
Orientador: Claudia Feijó Ortolani-Machado
Departamento: Biologia Celular
Setor: Setor de Ciências Biológicas
Área de Conhecimento: 20600003
RESUMO
A Loxosceles intermedia é uma espécie encontrada no sul do país, venenosa, e com uma biologia reprodutiva complexa. O objetivo deste trabalho foi analisar aspectos anátomo-morfológicos do ovário de virgens adultas, logo, 1 semana, 1 mês, durante e logo após a 1ª e 2ª oviposição. Todas as análises foram feitas após a 1ª cópula para melhor entender o processo de oogênese nesta espécie. Os ovários foram fixados em paraformaldeído 4%, incluídos em Historesina e os cortes seriados corados com HE. Outros foram processados para microscopia eletrônica de varredura. Com as diferentes técnicas pôde-se constatar que o ovário é uma estrutura alongada e dupla, com ovócitos distribuídos dorsalmente e presos à parede ovariana por um pedúnculo. Uma fina membrana separa os ovócitos do hepatopâncreas. Os ovócitos são classificados segundo suas dimensões, volume citoplasmático e presença de grânulos vitelogênicos (I ao VI e em degeneração). A oogênese é um processo contínuo, pois é possível identificar as diferentes fases de desenvolvimento do ovócito ocorrendo simultaneamente. Além disto, se observou a predominância de determinados tipos de ovócitos de acordo com o estado reprodutivo da fêmea. Na virgem e logo após a 1a cópula se encontram todos os tipos de ovócitos, exceto o VI. Este foi observado somente na fêmea após 1 semana da cópula, havendo, também, grande quantidade de ovócitos em degeneração. Os ovócitos III e IV predominaram no ovário 1 mês após a cópula. Durante a oviposição foi observada a predominância de ovócitos que parecem em degeneração e III, além da presença de uma secreção eosinofílica na luz ovariana. Logo após a 1ª oviposição, foram encontrados ovócitos IV, V e VI em menor número e predominância de ovócitos III e degenerativos. Os poucos ovócitos VI encontrados apresentavam uma membrana protéica com rugosidades, indicando, talvez, o início da internalização do ovócito. Na mesma situação, também foi constatada a presença da secreção eosinofílica. As características gerais do ovário na 2ª oviposição foram parecidas com as encontradas na 1ª oviposição. As perspectivas futuras incluem a observação do ovário utilizando a microscopia eletrônica de transmissão para elucidar algumas características ultraestruturais do processo de oogênese e, assim, contribuir para o entendimento da biologia reprodutiva da aranha-marrom.
Palavras-chave: Aranha-marrom, Ovário, Oogênese