CAPTURABILIDADE DE PEQUENOS MAMÍFEROS NÃO VOADORES EM RELAÇÃO AO TIPO DE ISCAS EM UMA ÁREA DE MANGUEZAL DA BAÍA DE GUARATUBA, LITORAL SUL DO PARANÁ.

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Aluno de Iniciação Científica: Vanessa Ketlenn Zavadzki Santos (PIBIC/CNPq)

Curso: Ciências Biológicas (M)

Orientador: Liliani Marilia Tiepolo

Departamento: Campus

Setor: Setor Litoral

Área de Conhecimento: 20406002


RESUMO

As regiões neotropicais são as regiões que comportam a maior riqueza em espécies de pequenos mamíferos, desta forma os inventários deste grupo são de extrema importância para a compreensão da biodiversidade atual. Atualmente existem diversas iscas que são utilizadas na captura destes mamíferos, porém nas regiões de floresta ombrófila densa é incipiente a existência de estudos sobre a quantificação da eficácia destas iscas. Por tais motivos, este trabalho busca o aprimoramento destes métodos para qualificar as expectativas de capturas de pequenos mamíferos, correlacionando com o tamanho e o tipo da armadilha utilizada, sendo também possível explorar a efetividade de diversas iscas, avaliando a variedade de espécies capturadas com cada tipo de isca e de armadilha, compreendendo a preferência do animal, constituindo um chamariz mais aplicável para cada espécie, ampliando a riqueza de espécies obtida para a área. Para este trabalho serão analisados três ambientes diferentes localizados na Baía de Guaratuba, na localidade conhecida como Cabaraquara. O estudo terá início em julho de 2013 por meio de uma fase de campo piloto para testar e aprimorar o método. Serão utilizadas 180 armadilhas, distribuídas em intervalos de 10m, ao longo de três eixos longitudinais divididos em 5 linhas cada, utilizando armadilhas do tipo tomahawk (pequena: 30 x 9 x 9 cm, média: 30 x 17,5 x 15,5 cm, grande: 45 x 17,5 x 15 cm) e sherman (pequena: 25 x 8 x 9 cm, média: 31 x 8 x 9 cm, grande: 43 x 12,5 x 14,5 cm). A atividade de campo durará cinco dias, sendo repetidos a cada dois meses. Em cada local, serão distribuídos 5 tipos de iscas (uma para cada linha), sendo elas: mel de jataí (Tetragonisca sp.) e pasta de amendoim; goiaba triturada e queijo parmesão ralado; banana, farinha de milho e sardinha; ovo cozido moído; e pequenos crustáceos e peixes. A partir das capturas será estabelecido um nível de significância entre as iscas utilizadas com as espécies encontradas, observando também a preferência do tamanho e tipo de armadilha. Desta forma será possível aferir estatisticamente a preferência de cada espécie, além das iscas e das armadilhas que obtém maior sucesso de captura em determinado ambiente. Embora o estudo não tenha sido iniciado, pretendemos utilizar alguns itens que representam uma nova formulação de iscas para captura de pequenos mamíferos, como o uso do mel de jataí, goiaba, e pequenos crustáceos. São itens encontrados nos ambientes a serem estudados, e espera-se que tenham efeito positivo influenciando a capturabilidade dos pequenos mamíferos na área avaliada.

Palavras-chave: Roedores, Iscas, Armadilhas