AVALIAÇÃO DE METODOLOGIAS HISTOPATOLÓGICAS UTILIZADAS NO DIAGNÓSTICO DE ALTERAÇÕES HEPÁTICAS EM PEIXES

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Aluno de Iniciação Científica: Thiago Brobio Massanti (PIBIC/CNPq)

Curso: Ciências Biológicas (M)

Orientador: Antonio Ostrensky Neto

Co-Orientador: Thayzi de Oliveira Zeni

Colaborador: Aline Horodesky; Ana Silvia Pedrazzani, Giorgi dal Pont

Departamento: Zootecnia

Setor: Setor de Ciências Agrárias

Área de Conhecimento: 20406002


RESUMO

Análises histopatológicas em peixes têm sido reconhecidas como ferramentas muito úteis no estudo e diagnóstico de efeitos agudos e crônicos provocados por diversos grupos de poluentes. Entretanto, as diferentes metodologias de interpretação dos resultados das análises histopatológicas utilizadas podem dificultar a comparação de resultados de diferentes trabalhos. Com o objetivo de comparar duas metodologias de avaliação de impacto histológico, uma proposta por Bernet (1999) e outra por Cardoso (2003), exemplares de Rineloricaria sp., foram coletados em dois rios da região de Morretes/PR. Um dos rios apresenta histórico de contaminação ambiental por diesel (Rio Sagrado) e outro apresenta características semelhantes, porém, sem contaminação pretérita (Rio Marumbi). In loco, os peixes foram submetidos à secção medular e posteriormente fixados em Solução de Davidson. Os peixes foram levados ao laboratório e, após 48 horas, tiveram seu fígado extraído. O material coletado foi então submetido a processamento histológico e secção em micrótomo rotativo (5?m). As lâminas histológicas permanentes foram coradas com Hematoxina de Harris e eosina (HE), sendo posteriormente fotomicrografadas e analisadas em microscópio óptico, com auxílio do software Leica Qwin Lite V.2.4. Ao todo, foram coletados 223 exemplares de Rinelocaria sp., sendo que uma lâmina permanente foi confeccionada para cada animal. Cada lâmina teve cinco campos fotomigrografados, totalizando 1115 fotomicrografias. Após a análise, feita por um observador treinado, os resultados das alterações observadas nos diferentes rios foram comparadas estatisticamente. Tanto para Bernet quanto Cardoso, houve diferença significativa nas alterações hepáticas observadas (P<0,003 e P<0,00001, respectivamente) evidenciando que com a utilização de ambas as metodologias obtém-se o mesmo resultado. Porém, do ponto de vista operacional, a aplicação da metodologia de Cardoso é mais rápida e fácil, quando comparada a de Bernet, que considera a severidade da lesão e avalia o escore da alteração que, por sua vez, deve ser atribuído pelo observador. Cardoso utiliza medições padronizadas das áreas lesionadas através de um software e, apesar de não considerar a severidade da lesão e sim a sua ocorrência e prevalência, pareceu ser a metodologia mais segura.

Palavras-chave: Avaliação de Impacto, Histopatologia, Fígado