REDESCRIÇÃO DE UMA ESPÉCIE DE COLEOPTERA QUE OCORRE NA MAIOR FLOR DO BRASIL
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Aluno de Iniciação Científica: Sidnei Bortoluzzi da Silva (IC-Voluntária)
Curso: Ciências Biológicas - Gestão Ambiental - Palotina (MT)
Orientador: Edilson Caron
Departamento: Campus Palotina
Setor: Campus Palotina
Área de Conhecimento: 20405006
RESUMO
Aristolochia gigantea Mart & Zucc (Aristochiaceae) é a maior flor nativa e endêmica encontrada em três biomas brasileiros: Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, onde possui distribuição da Bahia ao Paraná. Espécie provavelmente polinizada por moscas atrai também outros grupos de insetos, entre eles Coleoptera. Entre os coleópteros que ocorrem em A. gigantea estão as espécies da subfamília Aleocharinae, pertencente à família Staphylinidae. As espécies da subfamília são encontradas em quase todas as regiões do mundo e estão entre os predadores generalistas mais abundantes de uma comunidade, contudo existem espécies com hábitos alimentares especializados, as quais habitam ninhos de insetos sociais, fungos e flores. Ctenopeuca romani Bernhauer, 1928 está entre os aleocarines que podem possuir hábito alimentar especializado, fitófago, ou estar ocorrendo na flor para a predação das moscas polinizadoras. A espécie foi registrada pela primeira vez em 1928 em flores de A. gigantea no estado da Bahia. A redescrição de espécies, principalmente de Aleocharinae, é necessária uma vez que este grupo é um dos mais difíceis de Coleoptera do ponto de vista taxonômico. Assim, o presente estudo redescreveu detalhadamente a espécie C. romani com ilustrações de diversas estruturas diagnósticas do gênero e da espécie. O material analisado foi coletado em A. gigantea no estado da Bahia, na data de 21/10/2010. Para realização dos estudos, seguiu-se a metodologia tradicionalmente utilizada para o estudo taxonômico de Staphylinidae. As microdissecações e ilustrações foram realizadas sob esteroscópio Nikon SMZ1000 com câmara clara e câmera digital acoplada e microscópio óptico Motic BA310 com câmera digital acoplada. A versão final dos desenhos e fotos foi preparada usando Adobe Photoshop CS3, versão 10.0. Ctenopeuca romani possui coloração que varia do amarelo-escuro ao marrom-escuro, pontuações visíveis no pronoto e élitro, metacoxa com um espinho na margem baso-external, o macho possui como característica marcante uma fileira de espinhos na região dorso-apical dos segmentos 3 e 4 e um único espinho na margem apical do segmento 7 do abdômen, lobo médio do edeago com base bulbosa e ápice na metade apical agudo. A fêmea é similar ao macho, exceto pela ausência de espinhos na região dorso-apical dos segmentos 3, 4 e 7 do abdômen e a espermateca possui formato de "L" com cápsula esférica e base curvada.
Palavras-chave: Entomologia, Staphylinidae, Taxonomia