LEVANTAMENTO DAS ESPÉCIES DE MORCEGOS (MAMMALIA: CHIROPTERA) EM FRAGMENTOS FLORESTAIS URBANOS DE CURITIBA, PARANÁ

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Aluno de Iniciação Científica: Jennifer de Sousa Barros Pereira (PIBIC-AF/CNPq)

Curso: Ciências Biológicas (N)

Orientador: Fernando de Camargo Passos

Departamento: Zoologia

Setor: Setor de Ciências Biológicas

Área de Conhecimento: 20400004


RESUMO

A fragmentação florestal pode causar redução do tamanho de diversas populações, desaparecimento de espécies que necessitam de grandes áreas para sobreviver e a aproximação dos animais silvestres com os humanos. Os morcegos realizam importantes funções ecológicas, atuando na polinização, dispersão de sementes e no controle de pragas agrícolas. Alguns estudos demonstram que esses animais são menos vulneráveis a fragmentação quando comparados a outros mamíferos, pois se adaptam facilmente a ambientes alterados, fato que permite o estabelecimento de comunidades de quirópteros em remanescentes florestais nas cidades ou diretamente no meio urbano, pois esses ambientes oferecem abundância e variedade de recursos alimentares, além de abrigos oportunos. Curitiba é rica em parques e bosques com mata nativa, contendo também manchas de vegetação resultante da arborização urbana, tais áreas em conjunto podem servir como recurso para quirópteros de ampla área de vida ou como manchas de habitat isoladas para metapopulações, porém, pouco se sabe sobre os morcegos presentes em remanescente florestais da cidade. Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo avaliar a composição e riqueza das espécies de morcegos em fragmentos florestais localizados no município de Curitiba. O estudo será realizado em três áreas de Floresta Ombrófila Mista situadas na cidade: Bosque Alemão, localizado no bairro Vista Alegre, Bosque Reinhard Maack, no bairro Hauer, e Museu de História Natural do Capão da Imbuia, no bairro Capão da Imbuia. Os dados foram coletados entre os meses de Maio e Julho em amostragens mensais em duas noites por bosque, com redes expostas por um período de seis horas a partir do por do Sol. Os morcegos capturados foram identificados, anilhados e soltos, depois de passarem por procedimentos de biometria, sexagem, determinação da condição reprodutiva e categoria etária. Espécimes que necessitaram de confirmação taxonômica foram coletados e depositados na Coleção Zoológica da Universidade Federal do Paraná (DZUP). Até o momento foram realizadas seis noites de coleta totalizando um esforço amostral de 1224 h/redes que resultaram na captura de 54 morcegos, pertencentes a seis espécies, das famílias Phyllostomidae (92,6%) e Vespertilionidae (7,4%). As espécies mais abundantes foram Artibeus lituratus (42,6%) e Sturnira tildae (37,3%). Ainda que as amostragens não tenham terminado é possível identificar uma semelhança com outros estudos, já que essas espécies são bastante comuns em meio urbano, devido à facilidade para encontrar abrigos e alimentos.

Palavras-chave: Fragmentação, Diversidade, Chiroptera