ESTABELECIMENTO DE PROTOCOLO PARA REGENERAÇÃO DE MILTONIA FLAVESCENS DE REGIÕES MERISTEMÁTICAS E EFEITO DE REGULADORES NO CRESCIMENTO DE PLÂNTULAS

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Aluno de Iniciação Científica: Sabrina Buttini (Pesquisa voluntária)

Curso: Ciências Biológicas - Gestão Ambiental - Palotina (MT)

Orientador: Suzana Stefanello

Colaborador: Patricia da Costa Zonetti, Daniela Antonietti

Departamento: Campus Palotina

Setor: Campus Palotina

Área de Conhecimento: 20306008


RESUMO

O cultivo in vitro é uma ótima opção para a multiplicação e preservação de plantas. No caso das orquídeas esta é uma ótima opção, pois muitas espécies correm risco de extinção por serem muito exploradas, graças a sua beleza. Estudos utilizando orquídeas demonstraram que partes da planta como os ápices radiculares e folhas jovens, quando em condições adequadas de meio de cultura, podem induzir à formação de calos e protocormos permitindo a produção em larga escala de plantas superiores. O objetivo do trabalho foi avaliar a eficácia da regeneração de Miltonia flavescens a partir de regiões meristemáticas e o efeito de reguladores vegetais no crescimento de plântulas. Os explantes utilizados foram segmentos de folhas jovens e ápices de raízes de aproximadamente 0,5 cm, extraídos de plantas obtidas pela germinação in vitro e com aproximadamente dois anos de cultivo (Experimento I). Os explantes foram inoculados em meio de cultura MS/2 suplementado com sacarose (30 g.L-1), agar (6,5 g.L-1) e combinações de reguladores de crescimento: 2,4-D (0; 3 e 6 mg L-1), BAP (0; 0,5 e 1 mg.L-1) e TDZ (0; 0,5 e 1 mg L-1). O pH do meio de cultura foi ajustado para 5,8. Após a inoculação em câmara de fluxo laminar, os explantes foram mantidos no escuro, em sala de crescimento, a 25±1ºC, pelo período de 60 dias. O experimento foi inteiramente casualizado, com três repetições, tendo como unidade experimental uma placa de Petri com sete folhas e quatro ápices radiculares. Realizou-se a avaliação da taxa de sobrevivência aos 60 dias de cultivo e observou-se que a combinação de 6 mg.L-1 de 2,4-D e 1 mg.L-1 de BAP resultou na maior sobrevivência (87%) e a combinação 6 mg.L-1 de 2,4-D e 0,5 mg.L-1 de BAP a menor sobrevivência (30%). Houve formação de massa celular compacta nos segmentos foliares do tratamento contendo 3 mg.L-1 de 2,4-D e 0,5 mg.L-1 de BAP, contudo ela ocorreu em baixa frequência e não ocorreu formação de protocormos. Outro experimento foi montado (Experimento II) utilizando-se plântulas completas (com aproximadamente 0,5 cm e dois anos de idade) como explantes, as quais foram inoculadas em meio de cultura MS/2 suplementado com sacarose (30 g.L-1), agar (6,5 g.L-1) e diferentes combinações de reguladores de crescimento: 2,4-D (0; 3 e 6 mg L-1) e BAP (0; 0,5 e 1 mg.L-1), onde a unidade experimental consistiu de um vidro com três plântulas e três repetições. Os explantes não se mostraram responsivos ao longo de 60 dias de cultivo e não houve a formação de calos ou massas celulares, bem como a regeneração de plântulas.

Palavras-chave: Orquídea, Cultivo in vitro, Miltonia flavescens