ESTABELECIMENTO DE PROTOCOLO PARA A REGENERAÇÃO DE SCHOMBURGKIA CRISPA A PARTIR DE REGIÕES MERISTEMÁTICAS
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Aluno de Iniciação Científica: Mariana Moresco Ludtke (PIBIC/UFPR-TN)
Curso: Tecnologia em Biotecnologia - Palotina (N)
Orientador: Suzana Stefanello
Colaborador: Eliane Cristina Gruszka Vendruscolo
Departamento: Campus Palotina
Setor: Campus Palotina
Área de Conhecimento: 20306008
RESUMO
O crescimento e a morfogênese de células e tecidos in vitro são regulados pela interação e balanço entre substâncias adicionadas ao meio, como reguladores de crescimento como auxinas e citocininas, os quais auxiliam no desenvolvimento in vitro influenciando a divisão e o alongamento celular, formação de meristemas caulinares e/ou radiculares. A regeneração de plantas in vitro pode ocorrer por organogênese ou embriogênese somática, podendo ocorrer de forma direta ou indireta. O objetivo do presente trabalho foi testar um protocolo de regeneração para Schomburgkia crispa (Orchidaceae) a partir de regiões meristemáticas. Foram usados ápices radiculares e segmentos de folhas com 1,0 cm como explantes. Os explantes foram inoculados em meio de cultura MS, acrescido de 30 g.L-1 de sacarose, 3 g.L-1 de Phytagel e suplementados com diferentes combinações dos reguladores 2,4-D (0; 1 e 2 mg.L-1), ANA (0; 0,5 e 1 mg.L-1) e BAP (0 e 0,1 mg.L-1), totalizando 10 tratamentos com 3 repetições (Experimento I). Posteriormente, avaliou-se também o efeito de concentrações maiores de 2,4-D (0; 1; 2 e 4 mg.L-1) combinado com BAP (0; 0,1 mg.L-1) resultando em 8 tratamentos, com 3 repetições (Experimento II). A unidade experimental constou de uma placa de Petri contendo oito folhas e quatro raízes em ambos os experimentos. Após 30 dias de cultivo após a inoculação dos explantes realizou-se a avaliação visual com o auxílio de estereomicroscópio da ocorrência de modificações morfogenéticas. Em ambos os experimentos observou-se que boa parte dos explantes continuava verde com aspecto de material viável. Algumas raízes apresentavam-se intumescidas, contudo nenhuma massa celular ou protocormos encontrava-se visível. Com o passar de mais 30 dias observou-se que muitos dos explantes foram secando ou permaneceram verdes sem, contudo, regenerar protocormos, calos ou qualquer massa celular visível, indicando não serem responsivos aos tratamentos com os reguladores de crescimentos e as concentrações empregadas. No experimento I, a maior sobrevivência dos ápices radiculares de S. crispa (45,83%) ocorreu na presença de 1 mg.L-1 de 2,4-D e dos segmentos foliares no meio de cultura suplementado com 0,5 mg.L-1 de ANA e 0,1 mg.L-1 de BAP (50%). No experimento II, a maior sobrevivência de ápices radiculares e segmentos foliares ocorreu na presença de 4 mg.L-1 de 2,4-D e a ausência de BAP (91,6% para ápices radiculares e 25% para segmentos foliares).
Palavras-chave: Orquídea, Cultivo in vitro, Regiões Meristemáticas