MICROPROPAGAÇÃO DE BRASILIDIUM FORBESII

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Aluno de Iniciação Científica: Lucas Roberto Pereira Gomes (PIBIC/UFPR-TN)

Curso: Ciências Biológicas (M)

Orientador: Luciana Lopes Fortes Ribas

Departamento: Botânica

Setor: Setor de Ciências Biológicas

Área de Conhecimento: 20303009


RESUMO

A família Orchidaceae possui grande importância econômica pela exuberância de suas flores. A maioria das espécies se encontra em risco de extinção, devido á perda de habitat e a extração predatória. As técnicas de micropropagação possibilitam a produção de mudas em grande escala, ajudando na recuperação das espécies ameaçadas. O presente trabalho tem como objetivo otimizar a etapa de multiplicação in vitro utilizando o método de TCL para estabelecer um protocolo de micropropagação para Brasilidium forbesii. Protocormos e as duas primeiras folhas formadas da germinação in vitro após seis meses da inoculação em meio de cultura WPM foram utilizados como explantes. Bases foliares de 5 mm de comprimento foram cortadas transversalmente e inoculadas em meio de cultura WPM, suplementado com BAP (0,5 a 32 µM) mantidas por 15 ou 30 dias no escuro para indução e regeneração de PLBs. Ápice e base dos protocormos (0,5 mm de comprimento) foram testados em meios de cultura WPM e MS suplementados com BAP (0,5 a 32 µM) e mantidos 30 dias na ausência de luz. Em seguida, os explantes foram expostos na luz por 30 dias e subcultivados para o mesmo meio e as mesmas concentrações por mais 60 dias. Os PLBs foram individualizados e inoculados em meio WPM, na ausência ou presença de carvão ativado (1 a 3 g L-1), sem regulador vegetal, para o alongamento e enraizamento. Os resultados das bases foliares revelaram que o tempo de exposição no escuro de 30 dias foi melhor do que 15 dias para indução e regeneração de PLBs. Os protocormos foram mais responsivos do que as bases foliares. As melhores respostas foram obtidas com o ápice do protocormo, cultivado em meio de cultura WPM, acrescido de 4 mM de BAP (82% de regeneração de PLBS e número médio de 7,9 PLBs). A formação de raízes ocorreu em meio sem regulador vegetal, independente da presença e concentração do carvão ativado. No entanto, mudas de maior comprimento e número de raízes ocorreram em meio com 3 g L-1 de carvão ativado. O período de exposição no escuro foi um fator importante para a indução de PLBs. Recomenda-se adicionar BAP (4 mM) no meio de cultura WPM para indução de PLBs de bases foliares e ápices de protocormos. O sistema TCL foi promissor para a multiplicação in vitro de B. forbesii, utilizando bases foliares e protocormos como explantes.

Palavras-chave: Orchidaceae, Cultura de Tecidos, 'Thin Cell Layer'